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PRÁTICAS ESCOLARES: ENTRE A RAZÃO E A EMOÇÃO
Adriano Farias Rios 39
RESUMO: Considerada como a capacidade humana em desenvolver faculdades físicas,
morais, intelectuais e emocionais, a educação apresenta-se como um mecanismo à disposição
dos indivíduos tanto para compreender a sua existência como ser cultural quanto se perceber
enquanto sujeito na relação recíproca entre os homens. Sendo assim, no processo de ensino
aprendizagem, é preciso que o educador mostre-se disponível em aprender, tendo em mente
que o “outro” com quem está lidando classifica, valora, tem seus sentimentos. Não só escuta,
mas fala por meio de seus símbolos culturalmente construídos. Portanto, um ensino que se
pretende eficiente e eficaz deve ser realizado de maneira a levar os educadores a pensarem sobre
os educandos. Ao se pensar sobre os educandos, é imprescindível considerar o mundo onde o
aluno se situa com seus anseios, medos, necessidades, inquietudes, esperanças e, sobretudo, o
conhecimento ou saberes que já possuem. Conhecimentos e saberes que se apresentam como
fundamental no processo de aprendizado à medida que, se devidamente trabalhados, levam a
uma reorientação dos conteúdos programáticos discutidos pelos educadores de maneira a
ampliar os significados e representações que personificam o universo simbólico do educando.
Tal perspectiva se torna mais ampliada quando se vislumbra, mais incisivamente, aspectos
relacionados ao caráter afetivo existente no processo ensino/aprendizado. Objetivos: A partir
dessa concepção, e vislumbrando as perspectivas teóricas de Paulo Freire, Edgar Morin,
Norbert Elias e Henri Wallon, é que o presente trabalho pretende, por um lado, discutir sobre a
educação como produção da capacidade criativa do homem em ordenar o mundo por meio de
símbolos e, por outro, compreender como elementos caracteristicamente emocionais se
coadunam e dialogam com os saberes e conhecimentos racionalmente constituídos de forma a
configurar diferentes práticas escolares. Metodologia: Para realização do trabalho foi
desenvolvida uma pesquisa bibliográfica buscando-se em artigos, livros e periódicos
fundamentação para consubstanciar a referida discussão. Além disso, utilizou-se de
informações resultantes da roda de conversa promovida pelo Grupo de Estudo e Pesquisa
Formação e Trabalho Docente do Curso de Licenciatura em Ciências Humanas/CCHNST -
Pinheiro cuja temática versava sobre a relação entre razão e emoção nas práticas educativas.
Resultados: Educadores e educandos fazem parte de um processo em que razão e emoção
configuram-se como aspectos aparentemente excludentes um do outro. Entretanto, se for levada
em conta a relação que existe entre tais aspectos, as práticas escolares apresentam-se como um
universo ampliado na compreensão do processo ensino/aprendizado.
Palavras-chave: Práticas escolares; Razão; Emoção.
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Mestre em Antropologia/Universidade Federal do Maranhão – [email protected]