Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 119
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HANS JONAS E O PRINCÍPIO RESPONSABILIDADE: O PROGRESSO TÉCNICO
COMO RAZÃO DA NATUREZA MODIFICADA DO AGIR HUMANO
João Ferreira da Páscoa Filho
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Orientador: Profa. Dra. Viviane Moura da Rocha
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Universidade Federal do Maranhão - UFMA
RESUMO: A civilização moderna encontra-se imersa em vários perigos que a cada passo dado
pela supremacia tecnológica, tornam-se mais ameaçadores e manifestos. O processo completo
de extinção do gênero humano e não humano, torna-se cada vez mais claro e possível. O
progresso científico tornou-se uma espécie de "prometeu irresistivelmente descontrolado", cuja
enorme capacidade de ação continua a aumentar, e com sempre menos regras capazes de
exercerem controle sobre ela. A técnica tomou em suas mãos as rédeas do destino da
humanidade, transformando-a em uma nova civilização - a tecnológica. Agora, com a
visualização da tal cenário, o ser humano não pode mais abster-se de lançar sobre sua relação
para com a natureza um novo olhar que leve à reflexões de ordem ética e moral, trazida agora
por um novo paradigma ético jonasiano: "O princípio Responsabilidade". Objetivos: 1 -
Analisar o início da relação entre homem e natureza e a harmonia existente. 2 - Refletir em
seguida, os vários periodos que fizeram com que tal relação viesse a ser destruida. 3 - Refletir
ainda, sobre o niilismo ético como sendo um reflexo do poder da técnica, trazendo à tona, a
necessidade de uma nova ética: O Principio Responsabilidade - para uma nova civilização: a
tecnocêntrica. Conclusão: A obra jonasiana representa para a história e desenvolvimento do
pensamento ético um capítulo à parte, um outro olhar diante das reflexões que procuram
encontrar saídas e resoluções para os problemas que assolam a humanidade. São problemas que
suscitam males e crises que segundo Hans Jonas são próprios desta civilização que se deixou
dominar pelo poder da técnica. Hans Jonas traz de volta à vivência humana a dimensão do
cuidado, da prudência, da precaução, a percepção do alter, do outro em sua forma mais profunda
e real que nos faz visualizar novamnete aquela relação existente de outrora, em que homem e
natureza caminhavam de forma harmoniosa e respeitosa. Busca dialogar e modificar o agir
humano, ou melhor, controlar o estágio de poder hiperespecializado em que a técnica chegou.
técnica esta que transformou a civilização em uma civilização intimamente tecnocêntrica
Palavras-chave: Natureza, Homem, Gênero extra-humano, vácuo ético