Canada, a melhor escolha
Por/ by: Marta Almeida
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uando Laura decidiu imigrar para o Canadá com a família, como sempre acontece neste tipo de situação, parte da família e amigos deu apoio e parte criticou:
- Vai deixar uma vida estável, uma carreira sólida e tantas outras coisas para trás para ter que recomeçar tudo do zero? Isso é loucura! - era o que ela e o marido Gustavo mais ouviam dos inconformados com a decisão.
Laura e Gustavo tinham mesmo uma vida confortável. Uma trajetória profissional respeitável e empregos bons, mas queriam mais. A insegurança no Brasil foi o que mais pesou na decisão do casal. Quando o filho mais velho foi assaltado numa tarde de quarta-feira e perdeu o celular depois de ficar sob a mira de uma arma, os dois não tiveram mais dúvidas. O processo de imigração foi lento e cheio de obstáculos, mas quando finalmente os documentos foram liberados, a família providenciou a mudança o mais rápido possível.
Os primeiros dias foram de desafios: uma casa para montar, emprego para procurar, nova cultura, nova língua. Passada a euforia da novidade, aos poucos a rotina completamente diferente enchia os novos imigrantes de dúvidas. Se num dia a animação era total com as descobertas, diante da primeira dificuldade, Laura e Gustavo se entreolhavam perdidos: o que é que estamos fazendo aqui?
E foi em um pequeno incidente que a família se deu conta de que o Canadá foi uma decisão acertada. Laura saiu de casa levando 3 bolsas, quando no máximo andava com duas. Numa levava
todos os documentos, cartões de crédito, dinheiro
"AFLITA, LAURA JÁ NÃO SABIA MAIS O QUE FAZER POIS NÃO TINHA NEM UM DOLAR NO BOLSO"
e celular. Nas outras um calçado que precisava trocar e o material de estudo da escola de inglês. Quando desceu do metro foi foi direto para o shopping e ao entrar na loja de sapatos, procurou a carteira para pegar a nota e fazer a troca. Ficou desesperada ao perceber que só estava com duas bolsas, faltava justamente a pessoal, “com toda sua vida dentro”. Voltou correndo para a estação de metro já aos prantos pediu ajuda a atendente. A moça disse que avisaria a equipe da TTC para verificar os vagões e foi muito gentil acalmando Laura. Ofereceu moedas para que ela ligasse para o marido e a todo momento procurava saber se a bolsa já havia sido encontrada. Aflita, Laura não sabia mais o que fazer, pois não havia nenhum dolar no bolso. A atendente liberou a passagem e ate ofereceu dinheiro para um táxi. Sem esperanças de reencontrar sua bolsa, já ia embora quando a atendente lhe chamou: acharam sua bolsa! O alivio foi imenso. No departamento de “achados e perdidos” Laura retirou a bolsa intacta! Todos os documentos, celular, dinheiro. Não pegaram nada!
Quando ela viu que estava tudo do mesmo jeito ficou admirada e comentou com o funcionário que devolveu sua bolsa: “oh my god, everything is here!”
O senhor, um canadense muito simpático, respondeu: “That’s why i love my country!”
“So do i” disse sorrindo a brasileira que saiu dali com um objetivo definido: garantir assim que fosse possível a cidadania canadense.
O processo de adaptação de Laura e sua família à um novo país não foi fácil, mas um pequeno incidente os fizeram perceber que o Canadá foi a decisão certa.
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Let me tell you/ Nem te conto