Boletim Kappa Crucis KAPPA01 -Primavera-2017 | Page 12

Boletim Astronomico KAPPA CRUCIS ­ No. 1 ­ Primavera 2017 Mas há outros “Brasis”, e a crise foi enfrentada e “paga” pela população, com demissões em massa, retiradas de direitos dos trabalhadores, arrochos salariais e precarização da coisa pública, o que inclui a escola pública. Processo ainda em andamento. Essa violência e enorme preconceito e desrespeito para com o jovem da escola pública, o filho da classe trabalhadora, precisa ser severamente combatido pelo povo, por todos nós. Tomar as ruas e exigir dos governos outros rumos para a política pública é um direito da população! E se os governos, que se elegeram com promessas mentirosas, não aceitarem as reivindicações do povo, cabe à nós todos lutar para arrancar esses governos, inteiros, e substituí­los quantas vezes for necessário, até termos um governo controlado pelo trabalhador. O governo Temer, pró­elite, que é o mesmo do governo da Dilma, afinal era vice dela, dá continuidade à política de destruição da escola pública, e por isso deve ser combatido sempre. O p i n i ã o Dicas para alcançar os céus Por Heik Mauerberg "Voar não é um esporte. Voar é viver. Define quem és, como pensas, como escolhes as amizades. Dependendo da severidade da paixão, voar também define a rapidez com que se abandonam os amigos não­voadores." Quando qualquer paixão rege a vida, é natural que não apenas se pense nela constantemente, mas também se entre em pensamentos filosóficos sobre ela. Mais tarde ou mais cedo, começa­se a reconhecer as etapas da adição. Existe a fase inicial da experimentação: a emoção do primeiro vôo, os pés a largarem o solo pela primeira vez, a respiração contida e a sensação estranha no estômago, à medida que a terra se afasta. Em seguida vem a realização de que apenas o que te segura à vida são umas pequenas tiras de tecido. Mas, ao experimentar esta sensação de mortalidade, passa­se a estar mais atento à vida tal qual ela é, e a dar valor ao simples facto de estar vivo e a aproveitar a vida ao máximo. A ISTO CHAMA­SE VOAR. Pela primeira vez em muitos meses, vive­se para recordar aquele primeiro momento, em que se vê a terra a diminuir abrindo perspectivas para um novo mundo de liberdade tridimensional. Necessita­se de descolar o máximo de vezes possíveis para diminuir esta necessidade. Em seguida, talvez tristemente, vai­se habituando a esta sensação de abandonar a terra e voar livremente com asas. Pois o olhar deixa de estar fixado na terra e pela primeira vez começa­se a ter noção diferente da vida. Nesta segunda fase adquire­se uma maior consciência, à medida que se vão voando mais metros e a altitudes superiores, alterando a percepção da normalidade para sempre, deixando­ a na terra. A partir deste ponto é necessário ter cuidado, pois corre­se o risco de se ficar viciado indefinidamente, buscando sempre mais horas no ar. Apenas a tomada da decisão de deixar esta droga ser libertada do sistema gradualmente através de abstinência absoluta pode reverter a situação. O fascínio de voar encontra­se no facto de que os desafios são constantes e trabalhosos. Após a alegria da primeira hora de vôo segue­se a terceira fase. Trata­se de uma extensão da fase precedente, onde o ego e a competição saudável então em cena, com o desejo de permanecer no ar o maior tempo possível. A força de vontade e a persistência são a única forma de ultrapassar os limites. Até ao ponto em que, um dia consegue­se fazer tudo certo e sobe­se a altitudes que nuca se julgou possível. A terra parece lisa, as montanhas são meras linhas, o horizonte parece menor. A partir daqui tem­se o poder de voar para onde se quiser. As horas de vôo agora não significam muito à medida que se cruzam horizontes atrás de hori­ zontes. U n i v e r s o e m m o v i m e n t o Astro Bola Por Marcello Gurian Em ocasiões em que esta tentativa foi feita, os alunos fizeram o seguinte questionamento: “Professor, o que isto tem a ver com Educação Física?”. A resposta é “como tudo na vida, vai depender do ponto de vista”. E, considerando a resistência e a dificuldade dos alunos em perceber esta relação, proponho discutir essa questão: “a educação física tem alguma coisa a ver com a Astronomia? A Educação Física escolar pode ser dividida em ­8­