Boletim Kappa Crucis KAPPA01 -Primavera-2017 | Page 13

Boletim Astronomico KAPPA CRUCIS ­ No. 1 ­ Primavera 2017 três principais dimensões: física, cognitiva e afetivo­social. A dimensão física, que trabalha as habilidades motoras e capacidades físicas, tem como principal produto o movimento humano. As crianças na escola estão em constante movimento, portanto, são corpos humanos se movimentando. E a Terra? A Terra também está em constante movimento, seja de rotação em torno do seu próprio eixo, ou de translação, em torno do Sol. E a Lua? A Lua também. Assim como os planetas do sistema solar, a nossa galáxia e as galáxias vizinhas. Enfim, um número colossal de corpos celestes em constantes movimento e expansão. Diante disso, podemos concluir que os corpos dos alunos na aula de Educação Física estão se movimentando assim como os corpos celestes no espaço sideral. Podemos construir um círculo de habilidades motoras baseado na movimentação dos planetas, com trajetórias e velocidades variadas. Um jogo coletivo, em que o gol é um buraco negro e as bolas, corpos celestes atraídos por ele. Enfim, são inúmeras possibilidades de se combinar estas duas áreas, se considerarmos o movimento como principal agente de ligação entre elas. Entretanto, a realidade escolar não se mostra favorável ao entendimento da interdisciplinaridade. A Educação Física foi, é e sempre será vista como momento de recreação ou de “dar a bola”. Ainda é muita tímida a tentativa de estreitar laços com outras áreas e componentes curriculares. Este fato deve­se também a estranheza dos alunos em perceber esta proposta. Por mais distante que possa parecer esta relação, entre Educação Física e Astronomia, ela existe e pode ser aplicada aos nossos alunos. O c u l a r e c é u Eclipse Anular de 26/02/2017 Por Fábio Pires No dia 26 de fevereiro de 2017 o Brasil recebeu parte da sombra do eclipse anular do Sol, o qual foi melhor observado em parte da Argentina e Chile. Eclipses anulares acontecem quando a lua, mesmo passando bem na frente do Sol não cobre todo disco solar por estar com o diâmetro aparente menor que ele, devido estar mais afastado (próximo ao apogeu) da terra nesse momento, exibindo um fino anel entre os discos lunar e solar, como visto dia 26 em algumas regiões do sul da Argentina e do Chile. Apesar das nuvens, nós, do Observatório Edmond Halley, conseguimos observar e registrar o fenômeno que em nossa região de Campinas atingiu um máximo de 38% do disco solar eclipsado as 11:30. Pouco antes do início, às 10h00, montamos telescópios e instrumentos para registrar o evento, logo em seguida chegaram vários amigos para observar. Apesar da previsão de tempo encoberto, conseguimos observar e fotografar o eclipse entre vários buracos de nuvens, podendo assim registar o começo, o meio e o fim desse belo eclipse. Nas fotos além da silhueta da lua, também era visível uma mancha solar, regiões menos quentes da superfície solar, devido à um distúrbio transitório magnético, que apesar de sua aparência pequena se comparada ao tamanho do sol, era bem maior que nosso planeta. Terminado o Eclipse às 13h00, recolhemos os instrumentos e em menos de 20 minutos começou a chover... ­9­