BOLETIM INFORMATIVO COMEX Volume 1 | Page 10

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COMEX ENTREVISTA

A expectativa já foi outra depois de 8 anos na Instituição. Eu entendo que a gente ainda não se desenvolveu como podia ter desenvolvido. Não temos R.U. (Restaurante Universitário), a biblioteca ainda não funciona direito, não temos salas de professores adequadas para você exercer sua função, os laboratórios ainda não estão prontos e na minha visão são poucos do que a gente poderia ter. Só para gente ter uma ideia, meu curso de Engenharia Agrícola na Federal de Viçosa, e eu sei que os tempos são outros, mas só na Engenharia Agrícola nós temos mais ou menos uns 20 laboratórios, só no curso de Engenharia Agrícola, e aqui nós vamos ter 20 Laboratórios, são dois por curso. Então eu acho que é pouco. Com relação a adaptação, sem problema nenhum, tudo tranquilo...a família está adaptada. Mesmo minha esposa as vezes ficando com saudade, pois a família fica toda em Viçosa ou em Jundiaí, São Paulo. A família da minha esposa é de Viçosa e o meu pessoal é de Jundiaí São Paulo. São dois mil quilômetros de distância, então minha menina que hoje já está com dez anos, não tem convivência, praticamente não teve convivência com os primos, com avô, com avó, com tio...então é só isso o problema né...de estar longe dos familiares.

Equipe COMEX – Isso é um problema da maioria dos docentes, essas interiorizações das Universidades causam um pouco essa...e que Paulo Freire poderia dizer como “realidade de empréstimo”, mas que a gente toma conta também. Mas já na UAST professor, a gente conhece sua atuação profissional, principalmente na área de ensino, na coordenação de agronomia, nas comissões internas (CCD, NDE e COAA), na pesquisa também... Porém em um levantamento recente percebemos que você é um dos destaques nessas ações de extensão importantes...conte-nos um pouco desses projetos de extensão desenvolvidos aqui no Semiárido.

Professor Carlos – Bom... A ideia sempre foi tentar melhorar a interação né... Dos professores, ou da UAST, com a comunidade, e também levar o nosso aluno para ver a realidade da situação dos produtores rurais. E também levar algumas novidades para os produtores rurais. Então, nessa trajetória toda, as coisas diferentes que a gente tinha lá na região sudeste e que a gente achava que poderia dar uma contribuição a gente fez um projeto de extensão. Por exemplo, a gente fez um projeto de extensão com relação a utilização do carneiro hidráulico. Que é uma bomba que funciona por diferença de pressão, e que pelo que eu observei aqui, não encontrei nem para comprar. Então eu trouxe uma lá de Viçosa para o pessoal conhecer. Tem algumas situações aqui, em algumas regiões, que você pode colocar uma bomba dessa, e ela vai fazer o bombeamento de água de até uns 12 a 15 mil litros de água por dia, sem você gastar um centavo. Não tem gasto nenhum. Ela funciona por diferença de pressão. Então esse foi um que a gente achou interessante fazer... Outro... Trabalhar a questão do agrotóxico. A gente vê que a maioria dos produtores rurais da região eles trabalham com agrotóxicos, mesmo em áreas que eles não poderiam trabalhar como as áreas do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

Professor no lançamento de uma debulhadeira de feijão verde, através de uma parceria entre o IPA,a UAST/UFRPE e o SENAI. Fonte: Leidiane Rodrigues/Agência Papiro e Junior Finfa