Boletim de Notícias nº 9 | Page 12

Primeiro curso de medicina em Cabo Verde O primeiro curso de medicina em Cabo Verde, lançado pela Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) no dia 7 de outubro de 2015, com o apoio da Universidade de Coimbra (UC), conta com 25 vagas - 20 exclusivas a estudantes cabo-verdianos e 5 para alunos da CPLP. Fernando Regateiro, catedrático de Medicina na Universidade de Coimbra, coordena o projeto. “Não vamos preparar médicos só para Cabo Verde, vamos sim preparar profissionais que possam vir a exercer medicina em qualquer país”, garantiu Judite Nascimento, reitora da Uni-CV. O reitor da UC, João Gabriel Silva, sublinha que o objetivo é reconhecimento do diploma da Uni-CV em Portugal de forma a que os médicos formados em Cabo Verde possam aí trabalhar. O Professor João Gabriel Silva disse ainda que a expectativa é criar um curso de medicina de “grande qualidade” e uma “referência” para toda a África Ocidental, quer em termos de ensino quer em termos de prestação de serviços médicos, atraindo rendimentos para o país. Para o Governo de Cabo Verde, o lançamento do curso de Medicina representa “um passo importante” para o setor, para a “melhoria dos serviços de saúde prestados aos Cabo-verdianos, sendo um enorme passo para que o país possa, no futuro, a médio prazo, almejar a introduzir novas especialidades médicas com técnicos e médicos formados no país”, adianta o gabinete do primeiro-ministro José Maria Neves. 12 O Governo assinala ainda que a abertura do primeiro curso de medicina coloca o país “em posição de cumprir o projeto de se constituir como um importante polo de formação, de cuidados de saúde e de investigação científica” ao nível da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO). Para Fernando Regateiro, antigo presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), importa também que o novo mestrado da Uni-CV venha a “contribuir para a sustentabilidade da economia” de Cabo Verde, quanto a “produtividade, redução de evacuações, atração de estudantes e utentes estrangeiros”. O primeiro ano do curso terá um corpo docente de 14 professores - 7 cabo-verdianos e 7 portugueses, que terão o salário pago pela UC, enquanto a Uni-CV arcará com um suplemento e despesas de deslocação e estadia dos docentes lusos. O Mestrado Integrado em Medicina, com a duração de seis anos, está dividido em três fases. Nos dois primeiros anos decorre nas instalações da Uni-CV,