na Cidade da Praia, onde professores da Universidade
de Coimbra e da Uni-CV trabalharão em conjunto. No
terceiro ano, os alunos irão para Coimbra fazer o ciclo
clínico e, por último, regressarão a Cabo-Verde para fazer
o internato em hospitais locais.
Um os objetivos deste projeto é formar futuros
docentes para ministrar o curso de medicina no futuro,
exigindo-se aos candidatos uma média de 17 valores.
A Professora Judite Nascimento, reitora da Uni-CV
indicou que a universidade está a negociar com o Governo
a possibilidade de apoiar os estudantes, mas sublinhou que
estes têm que suportar as despesas, pagando as propinas.
Testemunhos dos primeiros estudantes do curso de
medicina
“Sinto-me muito especial por ser a primeira edição,
nós já entramos para a história da medicina de Cabo Verde
e, com certeza, trabalharemos para que seja um sucesso
para todo o país”, diz Vera Rodrigues, 19 anos, natural do
concelho do Tarrafal de Santiago.
O curso de medicina em Cabo Verde possibilita que
os estudantes se formem no seu país, perto dos familiares
e amigos, reduzindo os custos na formação. “Fica mais
fácil para os estudantes fazer medicina cá em vez de ir
ao exterior. Aqui já estou perto dos familiares. Qualquer
problema posso resolvê-lo aqui mesmo”, conta Helena
Oliveira, 17 anos, natural da ilha de Santo Antão, com o
ensino secundário na ilha do Fogo.
No final, alguns preferem trabalhar fora, enquanto
outros preferem ficar e dar o ser contributo para desenvolver
a área médica. Quando acabar o curso, Adélio, que entrou
com uma média curricular de 18,44 e teve 17,21 no teste
de acesso, disse que quer fazer a mesma especialidade do
irmão (urologia) e que, se aparecer oportunidade, prefere
ir trabalhar fora do país.
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