Ateneu Geografia - Espaço Geográfico Urbano | Page 19
O avanço da tecnologia, dos meios de transporte, telecomunicações,
disseminação da energia, do uso de aviões, automóveis, redução do
tempo e das distâncias, as relações entre as cidades já não respeitam a
tradicional hierarquia urbana, ou seja, pelo qual era necessário
“galgar postos” dentro da hierarquia das cidades.
Atualmente estruturou-se uma nova hierarquia urbana, dentro
da qual a relação da vila, ou da cidade local pode se dar com o centro
regional, com a metrópole regional ou até mesmo com a metrópole
nacional diretamente. O esquema a seguir mostra a inter-relação das
cidades no interior da rede urbana de uma forma mais próxima da
realidade atual.
Uma pessoa pode residir numa chácara, num sítio, na zona rural, ou
numa pequena cidade, lugares distantes de um grande centro, e estar
mais integrada do que outra pessoa que resida no interior desse
mesmo centro. Se a pessoa vive, por exemplo, numa chácara a
quilômetros da grande cidade, mas tem à sua disposição telefone,
computador, conexão com a Internet, fax, antena parabólica e um
automóvel, ela está mais integrada do que outra que mora dentro da
cidade, mas num cortiço ou numa favela e não tem acesso a todos
esses bens e serviços.
Portanto o que define a integração ou não das pessoas à moderna
sociedade capitalista é a possibilidade de acesso às novas tecnologias,
aos novos conhecimentos, aos novos bens e serviços e não mais as
distâncias que as separam dos lugares.
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A Urbanização Brasileira
O Brasil apresenta diferentes taxas de urbanização, mas pode-se
afirmar que, atualmente, é um país urbanizado, pois até mesmo a
Região Norte apresenta 59% de urbanização. Este processo ocorre
após a segunda metade do século XX, quando mais de 50% da
população brasileira passa a viver em cidades.
Durante o processo de povoamento, as cidades se concentravam no
litoral; a partir da década de 60, por causa das atividades
agropecuárias, ocorreu uma dispersão espacial aos núcleos urbanos.