Disponível em: https://www.jornalnh.com.br/_conteudo/2015/04/noticias/regiao/147329-terceirizacao-e-ratos-na-cpi-nas-charges-dos-jornais-de-sexta-feira.html
Um estudo feito pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirma que os trabalhadores terceirizados recebem um salário 25% menor, trabalham por volta de 3 horas a mais que os demais empregados, além de ficarem menos da metade do tempo no determinado serviço. Isso ocorre por conta da facilidade de dispensar trabalhadores, variar a remuneração de acordo com o desempenho coletivo da empresa, da falta de fiscalização, que consequentemente permite o aumento das jornadas de trabalho,
e da possibilidade de negociação do horário de intervalo ou amamentação. Logo, percebe-se que o indivíduo se vê obrigado a vender sua força de trabalho a um proprietário de meios de produção em troca de um salário, como defendia Karl Marx.
As alterações atingem um panorama constitucional, uma vez que consistem no desmonte de direitos históricos conquistados por meio da pressão operária, luta de classes e movimentos sociais, cujos ideais em defesa dos direitos trabalhistas foram vinculados a Constituição Federal de 1988. Em contrapartida, a conjuntura atual da reforma é almejada pelas oligarquias nacionais que conciliam a relação de emprego com a lógica de acumulação capitalista, intencionando a regulação privada pertinente a uma ideologia de cunho neoliberal. Tais medidas acirram as contradições e desigualdades entre classes sociais, criticadas por Marx, já que a burguesia conseguirá deter progressivamente meios de produção e explorar cada vez mais a força de trabalho do proletariado. Contudo, muitos brasileiros não pertencentes à classe burguesa acreditam que essas reformas trarão benefícios para si, logo, coincide com conceito de alienação social inferido pelo autor.