ALLIANCE PRESS BOOK 2016 1 | Page 25

caribéu e o pacu foram alguns dos pratos apreciados e considerados por ela um banquete incrível. Para acompanhar o tradicional arroz carreteiro, a chef visitante elaborou um vinagrete com o cumbaru. A castanha do cumbaru ou baru, como também é conhecida, possui inúmeros benefícios para a saúde. Típica do cerrado é possível preparar deliciosas receitas com o fruto.
Já no Pantanal a chef saboreou o churrasco pantaneiro e o caldo de piranha. Giovanna também provou a sopa paraguaia e o tereré, muito apreciado. Os pratos típicos do Pantanal incluem carnes, peixes, massas e receberam até mesmo influência da cultura paraguaia.“ A bocaiuva, a guariroba, o cumbaru, garanto que a maioria dos brasileiros não conhece, são sabores incríveis que não encontramos em qualquer lugar do país”, garantiu.
Ela destacou ainda a grande influência estrangeira na gastronomia de Mato Grosso do Sul.“ A gastronomia é isso, sempre estamos aprendendo, sempre conhecendo novos ingredientes que nunca vimos. Os alimentos contam muito da nossa história”, ressaltou.
Trajetória – O vínculo de Giovanna com o universo gastronômico vem de sua estreita familiaridade com o ambiente do restaurante dos pais, em Maceió, nordeste do Brasil.
Sua curiosidade fez com que aprendesse a fazer bons pratos, mas foi sua determinação e perseverança que a levou além e a fez seguir rumos certeiros em seu ofício. Aos 19 anos se formou em gastronomia na faculdade Anhembi Morumbi e, logo depois, iniciou seus estudos e imersão no rígido Instituto Paul Bocuse. Após a conclusão do curso, passou a trabalhar ao lado de grandes chefs em restaurantes estrelados como a Maison Pic e Taillevent, ambos na França, e Quique da Costa e Espai Sucre, na Espanha.
A vontade de voltar ao Brasil fez com que participasse da seleção brasileira para o concurso Bocuse d’ Or. Seu foco, disciplina e criatividade contribuíram para ser selecionada em primeiro lugar para representar o Brasil na etapa da América Latina. Vem se dedicando intensamente ao treinamento, junto com a equipe, para conquistar os jurados do Concurso Bocuse d’ Or e se qualificar para representar o Brasil na final em Lyon, França.
O concurso – Criado em 1987 por Paul Bocuse, que completou 90 anos é o único chef a deter três estrelas Michelin por 50 anos ininterruptos. O Bocuse D’ Or é considerado a Copa do Mundo da gastronomia, sempre realizado dentro da feira de negócios Sirha, organizada pela multinacional francesa GL Events. Até hoje, nenhum país das Américas chegou a qualquer colocação do pódio, sempre dominado por europeus( dois países asiáticos já ficaram em segundo e terceiro lugar). A França é a recordista do topo do pódio, sete vezes campeã, seguida da Noruega, pentacampeã. O Brasil, que já foi à final em Lyon por nove vezes, teve como melhor colocação a 10 ª posição, em 1997.( fonte: idest. com. br)
http:// idest. com. br / noticia-12, chef-premiada-busca-inspiracao-em-ingredientes-da-culinaria-dems, 70274. htm