ouvi-lo discursar pela primeira vez, Alvaro Vaz já sabe de imediato que a alma do rei é pura e é boa, e que ele batalhará contra a desigualdade social e pelo bem de todos os portugueses.
Em Alcobaça, Clarinha, por sua vez, pretende aprender a ler e escrever: assim poderia ler as cartas do primo e escrever-lhe, a fim de consolar a saudade que tanto a atormenta.
“O coração é como os fructos: só com o tempo vae amadurecendo” (p. 47).
Em Lisboa, Alvaro surpreende-se e volta a animar-se quando consegue marcar uma audiência com o rei. Por serem da mesma idade e terem mais ou menos as mesmas paixões e ambições, D. Pedro V. se solidariza com Alvaro Vaz e convida o rapaz de Alcobaça para uma conversa: conta-lhe os planos que tem para o futuro do país, principalmente quanto à melhora da educação desde os primeiros anos até o ensino superior. Ele tem um plano de fundar em Lisboa o primeiro curso superior de Letras de Portugal.
Alvaro é apadrinhado pelo rei e convidado a viajar pela Europa, para estudar em locais onde já há cursos de Letras. Essa notícia chega a Alcobaça e deixa tio e prima preocupados: João teme que o sobrinho tenha se convertido à maçonaria; Clarinha, que o primo tão amado nunca mais volte a Alcobaça.
O jovem apaixonado pelo saber viaja por toda a Europa, conhecendo todos os seus polos intelectual na metade do século XIX: França, Inglaterra, Alemanha e Áustria. Encanta-lhe todo esse conhecimento e Alcobaça passa a ser uma memória vaga, assim como o tio e Clarinha. No entanto, Alvaro recebe uma carta de Alcobaça, o que volta a deixá-lo melancólico e saudosista.
Alvaro regressa a Lisboa no meio da epidemia de febre amarela. Sua primeira atitude é contar ao rei tudo o que vira e aprendera nas maiores universidades europeias. D. Pedro o escuta