Alberto Pimentel: dossiê com pesquisa historiográfica sobre o autor. 13 de novembro de 2015. | Page 26

"A PORTA DO PARAÍSO:

CHRONICA DO REINADO DE D. PEDRO V".

POR QUE "A PORTA DO PARAÍSO"?

Considerando a recepção do público à sua época, o livro "A porta do paraíso” não pode ser considerado o que se chamaria de um um "best-seller" sucesso dentro do merca-do literário. Entretanto, este foi durante a segunda metade do século XIX o romance mais bem-sucedido escrito por Al-berto Pimentel. Os fatos externos ao romance que levam-nos a esta conclusão são listados a seguir:

Trata-se do romance de Pimentel com mais edições dentre este período. Constamos 4 edições, como explicamos anteriormente na seção "Os romances pimentelianos em números", sendo a última delas publicada em 1900.

É o romance mais frequentemente citado nos comen-tários de periódicos - principalmente periódicos publicados no Rio de Janeiro - como pode ser conferido na seção "A presença de Pimentel em periódicos brasileiros" deste dossiê.

Foi publicado sob o formato do folhetim pelo jornal Gazeta de Campinas (SP) entre os anos de 1874 e 1875.

Além destes, é igualmente possível atribuir tal êxito literário a fatores internos a este romance. Consideramos que há nele, por parte do autor, uma marcante tentativa de agradar tanto o público quanto a crítica: Pimentel fala sobre o passado português de maneira engrandecedora ao mesmo

EIS A HISTÓRIA

DE UM REI SANTO,

UMA PAIXÃO PURA

E UM PASSADO NOSTÁLGICO:

PUBLICADO PELA PRIMEIRA VEZ EM 1873, "A PORTA DO PARAÍSO"

É O ROMANCE DE

MAIOR SUCESSO

ESCRITO POR

ALBERTO PIMENTEL.

"A Porta do Paraíso", 4ª ed. (1900) - archive.org

Elogios de um amigo

[Em 1873] "Camilo enaltece os méritos de A Porta do Paraíso - obra romanesca de Pimentel sobre D. Pedro Vº : 'As páginas publicadas do romance A Porta do Paraíso dão como vencida a dificuldade, a meu ver, grande, de enquadrar dignamente na moldura de uma novela um personagem como D. Pedro V, rei cuja história há-de ser escrita sob os resplendores da auréola santa que lhe cinge o basto”

CABRAL, Alexandre. Dicionario de Camilo Castelo Branco. Lisboa: Caminho, 1989. Pág. 488.