Alberto Pimentel: dossiê com pesquisa historiográfica sobre o autor. 13 de novembro de 2015. | Page 21

Há de destacarmos os quatro principais estados brasileiros em que encontramos uma quantidade maior de resultados. São, em ordem de-crescente de ocorrências: Pernambuco, São Paulo, Maranhão e Rio de Janeiro. Em periódicos do Rio, encontramos uma quantidade maior de menções e comentários em relação ao autor; no estado de São Paulo (mais especificamente em Campinas) a quase totalidade das ocorrências é referente à publicação do folhetim "A Porta do Paraíso"; nos demais estados, predominaram os anúncios de suas obras.

Sobre o padrão monetário em réis

Moeda em vigência do começo do século XIV até 1942. "Originada no período Colonial por influência do monetário português, não se tratava de uma moeda genuinamente brasileira (...) A notação "Rs" era utilizada mais como uma abreviação de réis do que propriamente um símbolo do padrão monetário".

Fontes: .bcb.gov.br ; moedasdobrasil.com.br

Para se ter uma melhor compreensão dos valores apre-sentados anteriormente, deve ser lavado em consideração que a anotação 1$ correspondia a mil réis. Desse modo, como exem-plo, uma edição encadernada do romance "A Porta do Paraíso" custava 3.000 réis, o equivalente a aproximadamente 4 litros (2.72 canadas) de aguardente. Salientamos que, neste caso, é muito mais prazeroso embriagar-se com a leitura do romance.

500 réis, cédula de menor valor do padrão - cgb.fr

1 conto de réis (um milhão de réis), cédula de maior valor do padrão - kbook.com.br

Ainda em relação a valores, mas desta vez anúncios desumanos: em 1870 a Ga-zeta de Campinas anunciava a recom-pensa de 200$ para quem capturasse quatro escravos fugitivos. No mesmo ano, estimava-se o valor de um escravo em um conto de réis.

Gazeta de Campinas - ano 1870, edições 37 e 29 - memoria.bn.br