A Linguagem da Vida BE_SM_60_JAN_19 | Seite 9

de C apa “O objetivo da CNV é nos lembrar de como nós, humanos, deveríamos nos relacionar uns com os outros e nos ajudar a viver de modo que se manifeste, concretamente, esse conhecimento. De forma prática, escutamos nossas necessidades mais profundas e as dos outros também. É simples, mas profundamente transformador”. dagem específica da comunicação – falar e ouvir – ligando as pessoas ‘de uma certa maneira’ que permita o florescimen- to da compaixão. Desde então, passou a utilizar o termo não-violência na mesma acepção que lhe atribuía Gandhi. Em seu livro Comunicação Não-Violenta – técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissio- nais, o autor diz que embora não consideremos violen- ta a forma de falarmos, nossas palavras, não raro, indu- zem à mágoa e à dor, seja para os outros ou para nós mesmos e define: “A CNV não tem nada de novo. O objetivo é nos lembrar do que já sabemos – de como nós, humanos, deveríamos nos relacionar uns com os outros – e nos ajudar a viver de modo que se manifeste, concretamente, esse conhecimento. De forma prática, escutamos nossas necessidades mais profundas e as dos outros também. É simples, mas profundamente transformador”. O processo da CNV e onde podemos aplicar A Comunicação Não-Violenta baseia-se em quatro componentes: 1. observação 2. sentimento a A GANDHI e a não violência run Gandhi, neto do mais conhecido líder e divulgador da mensagem de paz e não violência, Mahatma Gan- dhi, diz que uma das muitas coisas que aprendeu com o avô foi a compreender a profundidade e a amplitude da não violência. Além disso, passou a reconhecer que somos todos vio- lentos e precisamos efetuar uma mudança qualitativa em nossas atitudes. “Não reconhecemos nossa violência, pois achamos que ser violento é somente brigar, matar, espancar e guerrear – o tipo de coisa que indivíduos comuns não fazem. A violência passiva, quando o sofrimento é de natureza emocional, é desconsiderada e é ela que alimenta a violência física”, argumenta. Segundo Arun, seu avô sempre enfatizou de forma eloquen- te a necessidade da não-violência nas comunicações, algo que Marshal Rosemberg propôs com a CNV. E a menos que “nos tornemos a mudança que desejamos ver no mundo, como dizia Gandhi, nenhuma mudança jamais acontecerá. ARUN GANDHI/ARQUIVO PESSOAL/BE