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C apa
“O objetivo da CNV é nos lembrar de como nós,
humanos, deveríamos nos relacionar uns com
os outros e nos ajudar a viver de modo que se
manifeste, concretamente, esse conhecimento.
De forma prática, escutamos nossas necessidades
mais profundas e as dos outros também. É simples,
mas profundamente transformador”.
dagem específica da comunicação – falar e ouvir – ligando as
pessoas ‘de uma certa maneira’ que permita o florescimen-
to da compaixão. Desde então, passou a utilizar o termo
não-violência na mesma acepção que lhe atribuía Gandhi.
Em seu livro Comunicação Não-Violenta – técnicas
para aprimorar relacionamentos pessoais e profissio-
nais, o autor diz que embora não consideremos violen-
ta a forma de falarmos, nossas palavras, não raro, indu-
zem à mágoa e à dor, seja para os outros ou para nós
mesmos e define: “A CNV não tem nada de novo.
O objetivo é nos lembrar do que já sabemos – de
como nós, humanos, deveríamos nos relacionar uns
com os outros – e nos ajudar a viver de modo que
se manifeste, concretamente, esse conhecimento.
De forma prática, escutamos nossas necessidades
mais profundas e as dos outros também. É simples,
mas profundamente transformador”.
O processo da CNV e
onde podemos aplicar
A Comunicação Não-Violenta baseia-se em
quatro componentes:
1. observação
2. sentimento
a
A
GANDHI
e a não violência
run Gandhi, neto do mais conhecido líder e divulgador
da mensagem de paz e não violência, Mahatma Gan-
dhi, diz que uma das muitas coisas que aprendeu com
o avô foi a compreender a profundidade e a amplitude da não
violência. Além disso, passou a reconhecer que somos todos vio-
lentos e precisamos efetuar uma mudança qualitativa em nossas
atitudes. “Não reconhecemos nossa violência, pois achamos que
ser violento é somente brigar, matar, espancar e guerrear – o tipo
de coisa que indivíduos comuns não fazem. A violência passiva,
quando o sofrimento é de natureza emocional, é desconsiderada
e é ela que alimenta a violência física”, argumenta.
Segundo Arun, seu avô sempre enfatizou de forma eloquen-
te a necessidade da não-violência nas comunicações, algo que
Marshal Rosemberg propôs com a CNV. E a menos que “nos
tornemos a mudança que desejamos ver no mundo, como dizia
Gandhi, nenhuma mudança jamais acontecerá.
ARUN GANDHI/ARQUIVO PESSOAL/BE