A HISTORIA DAS MAQUINAS Março 2014 | Page 86

86 a história das máquinas Kubitscheck desfila em Romi-Isetta na chegada da Caravana de Integração Nacional a Brasília um contrato. Uma grande preocupação do governo era trazer para o país empresas detentoras de tecnologia para fabricar os produtos aqui. Nessas condições, a indústria automobilística causa uma revolução em cadeia. Passa a movimentar, com enorme intensidade, certos setores, principalmente de máquinas-ferramenta, plásticos, couro e material elétrico, além de outros que demandassem equipamentos de fundição, tratamento térmico, pintura e movimentação de materiais, como o setor de autopeças. Nos anos 1960, o Brasil continua apontando os rumos para a indústria. É nesse período que o Ministério da Indústria e Comércio inicia os planos gradativos de industrialização de máquinas e equipamentos, que estabeleciam regras para aprovação de projetos individuais das empresas. O objetivo era incentivar a fabricação de novos tipos de máquinas e, dessa forma, substituir as importadas. Tudo era programado e devidamente acompanhado pelo setor interessado. A empresa apresentava ao governo um projeto de substituição de equipamentos da fábrica por um produto importado, com isenção de impostos. Se o projeto fosse aprovado, o empresário ia até a Abimaq e pedia um atestado de que a máquina a ser importada não tinha similar nacional, era a Análise de Similaridade Nacional. A Abimaq então consultava os associados, o cadastro de fabricantes e liberava, ou não, a proposta. Foi assim que ganhou corpo no Brasil a fabricação de produtos como automóveis, tratores, navios, máquinas de alta potência, bens de capital mecânicos e elétricos em geral, todos, claro, acompanhados de avanços na elaboração de bens de consumo. O crescimento regional também é contemplado no período. No final dos anos 1950, uma iniciativa importante para a indústria brasileira foi a criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A estratégia também fazia parte da política desenvolvimentista do presidente Juscelino Kubitschek e do Plano de Metas. Numa região marcada pela exclusão social, a função da Sudene era gerar desenvolvimento e criar empregos principalmente por meio de indústrias. Incentivadas pela Sudene, duas empresas do setor de máquinas e equipamentos construíram plantas na região: a Romi e a Máquinas Piratininga.