do plano de metas , ao plano real
de maior complexidade, geralmente controladas por capitais estrangeiros, e a montagem de
uma base de serviços públicos.
O Plano de Metas representa o triunfo da
política de intervenção governamental na
indústria. Até então – excluindo o pontapé
inicial desfechado às vésperas da Segunda
Guerra Mundial –, os sucessivos governantes
brasileiros não tinham planejado cuidadosamente o setor. Juscelino fez isso. Ele mandou
selecionar os segmentos com maior potencial
de crescimento, apontou quais empreendedores deveriam receber suporte e subsídios do
governo, definiu ações com chamados Grupos
Executivos – base para as atuais Câmaras Setoriais – nas reuniões do BNDE e começou a
marcar visitas a obras e datas para as cerimônias de inauguração.
Esse foi o efeito JK na nossa indústria. Políticas setoriais foram implementadas para o
desenvolvimento da indústria automobilística, têxtil, naval, aeronáutica e de produção de
máquinas. Era o nascimento de uma política
industrial. Os Grupos Executivos decidiam
sobre os incentivos financeiros e fiscais. Equipamentos para produzir carros, por exemplo,
vinham sem nenhum imposto, desde que não
houvesse similar nacional.
JK abre as fronteiras para os investimentos estrangeiros. Uma empresa brasileira ou se associava a uma indústria estrangeira detentora de
tecnologia ou comprava tecnologia por meio de
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Juscelino Kubitscheck com
o então Presidente Dwight
Eisenhower dos Estados Unidos