A HISTORIA DAS MAQUINAS Março 2014 | Page 85

do plano de metas , ao plano real de maior complexidade, geralmente controladas por capitais estrangeiros, e a montagem de uma base de serviços públicos. O Plano de Metas representa o triunfo da política de intervenção governamental na indústria. Até então – excluindo o pontapé inicial desfechado às vésperas da Segunda Guerra Mundial –, os sucessivos governantes brasileiros não tinham planejado cuidadosamente o setor. Juscelino fez isso. Ele mandou selecionar os segmentos com maior potencial de crescimento, apontou quais empreendedores deveriam receber suporte e subsídios do governo, definiu ações com chamados Grupos Executivos – base para as atuais Câmaras Setoriais – nas reuniões do BNDE e começou a marcar visitas a obras e datas para as cerimônias de inauguração. Esse foi o efeito JK na nossa indústria. Políticas setoriais foram implementadas para o desenvolvimento da indústria automobilística, têxtil, naval, aeronáutica e de produção de máquinas. Era o nascimento de uma política industrial. Os Grupos Executivos decidiam sobre os incentivos financeiros e fiscais. Equipamentos para produzir carros, por exemplo, vinham sem nenhum imposto, desde que não houvesse similar nacional. JK abre as fronteiras para os investimentos estrangeiros. Uma empresa brasileira ou se associava a uma indústria estrangeira detentora de tecnologia ou comprava tecnologia por meio de 3 85 Juscelino Kubitscheck com o então Presidente Dwight Eisenhower dos Estados Unidos