A HISTORIA DAS MAQUINAS Março 2014 | Page 84

Do otimismo dos anos JK aos PNDs dos governos militares, do “milagre econômico” dos anos 1970 à globalização meio forçada dos 1990, o país chega a certa estabilidade econômica e incorpora respeitáveis avanços tecnológicos Do Plano de Metas, ao Plano Real Meio século em cinco anos? Para entender melhor o processo de industrialização no Brasil e mesmo a explosão da era Juscelino Kubitschek, é bom lembrar que até a década de 1950 prevaleciam, entre nós, as atividades industriais mais tradicionais. Predominavam o setor têxtil e de alimentos e a agroindústria. As indústrias eram tecnologicamente limitadas. O país não ia muito além de uma transformação de produtos extrativos ou primários. Foi então que, nos anos 1950, já implantada a usina siderúrgica de Volta Redonda, teve início a segunda fase da industrialização no Brasil. Com o aço, veio a indústria pesada: mecânica, elétrica e de construção naval. É quando surge o Plano de Metas de Juscelino, o grande momento da política de interven- ção governamental no aparelho industrial. A partir de 1956, a indústria em geral e a mecânica em particular entraram na segunda fase de desenvolvimento, dinamizada pela implementação do Plano de Metas, a primeira experiência brasileira de programação das ações de um governo central. O programa previa ambiciosos investimentos em energia, transporte, siderurgia e refino de petróleo, contemplando, notadamente, o setor de bens de capital e a indústria automobilística. São os cinqüenta anos em cinco, o grande sonho de Juscelino. Jamais se vira no Brasil tamanho dinamismo. Carros, estradas asfaltadas, aviões, navios, Brasília. Os eixos do projeto poderiam ser divididos em dois blocos: fábricas