Do otimismo dos anos JK aos PNDs dos governos militares, do “milagre econômico”
dos anos 1970 à globalização meio forçada dos 1990, o país chega a certa estabilidade
econômica e incorpora respeitáveis avanços tecnológicos
Do Plano de Metas, ao Plano Real
Meio século em
cinco anos?
Para entender melhor o processo de industrialização no Brasil e mesmo a explosão da era
Juscelino Kubitschek, é bom lembrar que até a
década de 1950 prevaleciam, entre nós, as atividades industriais mais tradicionais. Predominavam
o setor têxtil e de alimentos e a agroindústria.
As indústrias eram tecnologicamente limitadas.
O país não ia muito além de uma transformação
de produtos extrativos ou primários.
Foi então que, nos anos 1950, já implantada a
usina siderúrgica de Volta Redonda, teve início
a segunda fase da industrialização no Brasil.
Com o aço, veio a indústria pesada: mecânica,
elétrica e de construção naval.
É quando surge o Plano de Metas de Juscelino, o grande momento da política de interven-
ção governamental no aparelho industrial. A
partir de 1956, a indústria em geral e a mecânica em particular entraram na segunda fase de
desenvolvimento, dinamizada pela implementação do Plano de Metas, a primeira experiência brasileira de programação das ações de um
governo central.
O programa previa ambiciosos investimentos
em energia, transporte, siderurgia e refino de
petróleo, contemplando, notadamente, o setor
de bens de capital e a indústria automobilística.
São os cinqüenta anos em cinco, o grande
sonho de Juscelino. Jamais se vira no Brasil tamanho dinamismo. Carros, estradas asfaltadas,
aviões, navios, Brasília. Os eixos do projeto poderiam ser divididos em dois blocos: fábricas