do plano de metas , ao plano real
Sem se dispor a enfrentar um problema crucial, a própria reforma, o governo criou, digase, mais medidas para incentivar o crescimento
e a modernização. Já em 1990, lançava uma
Política Industrial e de Comércio Exterior.
Vieram também políticas de competição com
cronograma de redução das tarifas de importação e defesa da concorrência. É dessa época o
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP), o Programa de Competitividade
Industrial (PCI) e o Programa de Apoio à Capacitação Tecnológica (Pacti).
Nessa mesma linha foi criado, em 1991, o
Programa de Financiamento às Exportações
(Proex). Em 1993, foram lançados incentivos
fiscais para a capacitação tecnológica da indústria e da agropecuária, Programas de Desenvolvimento Tecnológico Industrial (PDTI) e
Agropecuário (PDTA). Em 1995, surgia a Câmara de Comércio Exterior (Camex).
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Mas no início dos anos 90 ficava claro que a
capacidade de financiamento do governo central
se esgotara. Crescia a convicção de que chegara o
momento de privatizar o aparato construído sob o
comando do Estado. Os leilões de ativos, esporádicos até 1993, tornaram-se cada vez mais freqüentes.
Na base industrial, capitais locais se aglutinaram
e puderam sustentar o controle de setores chaves,
como a siderurgia, a petroquímica e a grande mineradora Companhia Vale do Rio Doce.