A Formação dos Estados Unidos e.g. Jun. 2014 | Page 13

uma conferência das colônias inglesas em Albany (Nova York). Pela primeira vez, de fato, surge um plano de união entre as colônias, elaborado pelo bostoniano Benjamin Franklin, como forma de dar mais força aos colonos em sua luta contra os inimigos.

A idéia de uma união desagradou o governo inglês, que temia os efeitos posteriores dela. As próprias colônias desconfiaram também dessa união, temendo a perda da autonomia.

È absolutamente correto relacionar as guerras coloniais com as origens da independência das 13 colônias.

Para favorecer a Companhia das Índias Orientais, que estava à beira da falência, o governo britânico lhe concede o monopólio da venda do chá para as colônias americanas. Os colonos tinham o mesmo hábito britânico do chá.

Tal como na Inglaterra, o preço da bebida vinha baixando, tornando-a cada vez mais popular. Com o monopólio do fornecimento de chá nas mãos de uma companhia, os preços naturalmente subiriam.

A reação dos colonos à lei foi, pelo menos, original. Primeiro a população procurou substituir o chá por café e chocolate para escapar ao monopólio. Além disso, na noite de 16 de dezembro de 1773, 150 colonos disfarçados de índios atacaram 3 navios no porto de Boston e atiraram o chá ao mar.

Era a Boston Tea Party (Festa do Chá de Boston). Cerca de 340 caixas de chá foram arremessadas ao mar. Um patriota entusiasmado disse: “O porto de Boston virou um bule de chá esta noite...”.

A reação do Parlamento inglês foi forte. Foram decretadas várias leis que os americanos passaram a chamar de “leis intoleráveis”.

A mais conhecida delas interditava o porto de Boston até que fosse pago o prejuízo causado pelos colonos. A colônia de Massachusetts foi transformada em colônia real, o que emprestava grandes poderes a seu governador. O direito de reuniões foi restringido.

A Inglaterra demonstrava que não toleraria oposições às suas leis.

No lugar da esperada submissão das colônias, a Inglaterra conseguiu com estas medidas apenas incentivar o processo de independência.

Em respostas, os colonos começara a articular um movimento de protesto contra medidas do governo inglês. Com esse objetivo, organizaram o Primei Congresso Continental da Filadélfia, em setembro de

1774, na qual se reuniram representantes de doze colônias.

Um documento de protesto foi então encaminhado pelo Congresso ao governo da Inglaterra. Enquanto isso, os colonos realizavam boicotes aos produtos que chegavam da metrópole. Até mesmo as pessoas mais ricas faziam campanha contra os produtos importados da Inglaterra, substituindo-os por versões locais mais simples.

A essa altura, a população das Treze Colônias encontrava-se dividida. Uma parte, formada principalmente pelos latifundiários do sul, apoiava a manutenção dos laços com a Inglaterra. Em contrapartida, os comerciantes do norte e outros setores da população queriam o rompimento com a metrópole

Em maio de 1775, reuniu-se na Filadélfia o Segundo Congresso Continental. Entre outras decisões, seus integrantes anunciaram o rompimento com a Inglaterra, passando o Congresso a como um governo informal das Treze Colônias. Foi criado também um Exército Continental Americano com objetivo de lutar contra os ingleses. O comando da tropa foi entregue ao militar George Washington.

Em 4 julho de 1776, o Segundo Congresso Continental da Filadélfia aprovou a Declaração de Independência das Treze Colônias, a partir de então denominadas Estados Unidos da América.

O governo inglês não aceitou a declaração, então o conflito bélico se intensificou. Para enfraquecer a Inglaterra, os governos da Holanda, da Espanha e da França entraram na guerra ao lado dos Estados Unidos.

Enfim, ingleses foram definitivamente derrotados em 1781, na Batalha de Yorktown.