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Na visão de Julia, o trabalho com escolas e cursinhos
“propicia
contato
com
diferentes
realidades
e,
consequentemente, visões de mundo. Esse exercício é
essencial, tanto pra nós quanto pra aqueles que participam das
aulas e dinâmicas, para que aprendamos na prática a interagir
com o “diferente” de forma a tentar ouvir e compreender ao
invés de julgar e criar preconceitos.”
Para Yasmin, a grande motivação em participar do USP
Debate é o impacto que ele proporciona pra vida das pessoas:
“Esse impacto se dá tanto no âmbito interno, no sentido de
desenvolvimento de habilidades antes atrofiadas: falar melhor,
saber se expressar, ter mais segurança pra falar em público,
por exemplo; quanto no âmbito externo, refletindo-se na
tolerância com o diferente e no “aprender a ouvir”. Além
disso, ela destaca o clima de amizade e companheirismo entre
os membros, o contato com debatedores de todo o Brasil, bem
como da vontade de ganhar campeonatos representando a
USP.
Competições
Yasmin Fauze, aluna da São Francisco e coordenadora da
área de competições, esclarece que o objetivo da frente
competitiva do USP Debate é promover o debate e qualificar
as pessoas para debater e ganhar competições, apresentando o
melhor discurso.
Gabriel Medina também nota que o aspecto competitivo do
USP debate também estimula o desejo pelo aperfeiçoamento
e que existe um aspecto esportivo na prática de debate que é
muito divertido.
Ela também menciona a evolução de habilidades de
argumentação, oratória, raciocínio lógico, segurança
psicológica como consequência dos treinos e salienta a
importância de estar em contato com pessoas das mais
diversas áreas e aprender a tolerar e ouvir opiniões
divergentes. Ela enfatiza que os treinos, nos quais os
debatedores sorteiam posições nem sempre condizentes com
a própria opinião pessoal, estimulam a empatia e a tolerância.
Gostou? O processo seletivo para este semestre já se
encerrou, mas você pode acompanhar as atividades da
extensão via site, no http://uspdebate.com/ ou via Facebook,
no https://www.facebook.com/USPDebate/.
[1] O modelo de debate do parlamento britânico é uma das
principais formas de debate acadêmico. Ele é adotado no
Brasil e em vários outros países, como o Reino Unido, Irlanda,
Canadá, Índia, Europa, África, Filipinas, Austrália, Nova
Zelândia e Estados Unidos. Os maiores campeonatos de
debate do Brasil e do mundo também seguem este modelo. Os
discursos geralmente duram de cinco a sete minutos e são
permitidas intervenções, chamadas “ponto de informação”,
para esclarecimentos pontuais. Os debates são avaliados
segundo critérios objetivos de pontuação, como quantidade e
qualidade técnica dos argumentos.
Em 2018, o grupo participou de várias competições
nacionais, como o IV Open Minas, em maio; o V Campeonato
Brasileiro, em setembro, no qual a extensão sagrou-se campeã
na categoria iniciante. Em novembro o USP Debate promoveu
em São Paulo o Torneio RioSP de Debates, em parceria com
a sociedade de debates da UFRJ, torneio que teve quase 200
participantes e foi o segundo maior torneio de debates em
língua portuguesa da história. Lá o USP Debate conquistou
um vice-campeonato na categoria iniciante e marcou presença
na semifinal, na categoria geral.
Para 2019, os planos são de expansão do time e da agenda
de treinos e campeonatos:
“Enviaremos representantes ao Campeonato Mundial de
Língua Portuguesa, em Portugal, e ao Campeonato Mundial,
na Tailândia, além de continuar marcando presença nos
maiores campeonatos do Brasil, como o Open Minas; o
Torneio Fluminense; o Campeonato Brasileiro, que este ano
se dará em Vitória e o Torneio RioSp.
Além disso, os treinos passarão a incluir uma carga teórica
mais pesada. Serão feitos ciclos de formação semanais, que
combinarão elementos teóricos e práticos para oferecer uma
preparação mais sólida.” Yasmin exemplifica “em uma
semana podemos ter argumentação e debate surpresa, na
seguinte, podemos abordar lógica e fazer uma competição
interna”.
31/03/2019
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