A disposição do espaço, repleto de mesas grandes, cada
uma com capacidade para oito a dez pessoas, também
traduz o conceito em questão. “Acredito que a missão desse
lugar é reunir as pessoas. Tanto que demos esse formato
às mesas. É um jeito de usufruir do espaço do jeito que
as abelhas fazem, em pequenas comunidades”, detalha
Marilda.
No lavatório, placas de concreto laqueadas com tinta
dourada brilhante proporcionam o incrível efeito de favo
de mel, que “escorre” pela pia em mármore ônix com
iluminação especial. Os banheiros ganharam papéis de
parede que lembram cartazes vintage japoneses. “É uma
técnica nova, brasileira, chamada lambe-lambe, que faz uma
reprodução dos muros externos das grandes metrópoles.
Aqui, fizemos como se fosse o metrô de Tóquio. Demos um
toque pop underground ao lugar”, contextualiza Zeca.
Outro diferencial do projeto é a decisão de deixar a
parte estrutural à vista. “Resolvemos ser honestos com a
engenharia. Não escondemos a parte funcional hidráulica e
elétrica. A manutenção é mais fácil, para o cliente fica mais
barato porque não há desperdício de material e há muito
menos resíduos de obra”, ressalta o arquiteto, mostrando
que a luz indireta foi prioridade. “A iluminação está instalada
em cima das caixas de ar-condicionado, usando o teto como
refletor. Então temos um conforto luminotécnico muito
grande aqui”, diz.
No lavatório, placas de concreto laqueadas
com tinta dourada brilhante proporcionam o
efeito de favo de mel, que “escorre” pela pia
em mármore ônix com iluminação especial
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A única área que recebe luz focal (com efeito cenográfico)
é o grande painel acima das bancadas, que reproduz a asa
de uma abelha na proporção natural, mantendo a escala
biológica. Em gesso, feita em baixo relevo, foi pintada em
dois tons de preto: fosco e brilhante. “A asa representa o
quanto essa empresa pode voar para onde ela quiser”,
ressalta Zeca.