V Grandes Escolhas Abril 2018 | Page 2

Nº 12 | MENSAL | ABRIL 2018 28 34 46 52 Em pouco mais de uma década, a Quinta de S. Sebastião tornou-se uma força nos vinhos de Lisboa e um verdadeiro embaixador do terroir de Arruda dos Vinhos. O crescimento tem sido exponencial, mas António Parente, proprietário, e Filipe Sevinate Pinto, enólogo, prometem não ficar por aqui. É uma das castas mais famosas – e a mais plantada – do mundo, mas em Portugal ainda não tem expressão significativa. Não por falta de qualidades ou capacidade de adaptação aos terroirs lusos: os vinhos de (e com) Cabernet Sauvignon que analisamos na Grande Prova mostram grande carácter. Poder apreciar em vertical 20 colheitas de Quinta Vale D. Maria é um privilégio. Pela qualidade do que já se pode considerar um clássico do “novo Douro” e pelas histórias que estes vinhos carregam consigo. Agora, com a integração no universo Aveleda, o futuro promete voos ainda mais altos. Rui Roboredo Madeira sempre teve um fascínio muito especial pelos vinhos de altitude e a oportunidade de deitar mãos à obra surgiu no final da década de 1980, na Beira Alta. Os vinhos Beyra obedecem a um perfil clássico, em contraponto com o trabalho do enólogo no Douro, onde a modernidade faz regra. Vinhos e ambição na Quinta de S. Sebastião Uma Grande Prova de Cabernet Sauvignon Duas décadas de Quinta Vale D. Maria Beyra: perfil clássico em altitude 56 64 70 76 Dirceu Vianna Junior, Master of Wine, foi à procura da alma do Alentejo em tintos de preço contido (até 15 euros). O vento parece correr de feição à região mais popular de Portugal, mas há ainda muito trabalho pela frente: o Alentejo já deixou bem patente a qualidade; o próximo passo seria refinar o conceito de regionalidade. De Freixo de Espada à Cinta chega-nos um dos melhores brancos de Portugal. A sábia decisão de preservar uma vinha velha pavimentou o caminho para a criação de um vinho raro e especial. Notas e impressões da que terá sido a última vertical completa desta grande marca. Colocar um nome no rótulo de uma garrafa de vinho é tarefa complexa, exigente e demorada, que requer inspiração e transpiração. A burocracia é pesada, mas tudo está bem quando acaba bem – e aqui recordamos alguns exemplos de vinhos com nomes marcantes. Ou simplesmente divertidos. A filosofia do Porto Extravaganza, evento anual organizado em Sintra por Paulo Cruz, vai muito para lá do simples abrir de garrafas velhas. Surpresas, segredos bem guardados, vinhos inacessíveis e experiências irrepetíveis estão sempre no “menu”. Com Porto, Madeira e Moscatel de Setúbal, a missão foi, mais uma vez, cumprida. O Mestre em busca da alma do Alentejo Maritávora, o segredo das vinhas velhas Dar nomes aos vinhos é uma via sacra Segredos e surpresas no Porto Extravaganza www.grandesescolhas.com ABRIL 2018 | 1