A fruta que tem o poder de toda a verdade
E isso não se resume em sua vaidade
É de mim que se desperta toda a nossa vitalidade
Sou estímulo da vida, sou a luz que dá a cria
Reconheço o meu valor e de mim que se expande todo esse amor
Você se lembra daquela noite de novembro
No qual o Índio deu início a um grande momento?
Naquela mesa existia uma Flor
E diante daqueles homens também existia uma dor
A dor de não aceitarem espíritos que um dia tiveram cor
E naquele momento nascia uma nova religião
Algo que iria marcar o meu coração
Ao fazer o índio lembrar enquanto ele sorria
Que todos ali seriam acolhidos por Maria
Sou mulher de sete maridos
Enquanto danço em meus passos divinos, gargalho ao ainda verem o quanto estão perdidos
Me julgam por ser mulher, me julgam por me empoderar
Me visto de preto ou vermelho, bebo vinho ou bebo água, sou mulher do axé, estou aqui para trabalhar
Eu trago no meu ventre a luz da Lua
Sou Ártemis, Sou Jaci, Sou Yeua, Sou a Deusa Nua
Eu transcendo o tempo que jamais vai pará
Por isso sou chamada de Deusa Oya
Eu sou o ventre que faz a raiz brotá
Mais conhecida como Deusa Obá
Sou Guerreira, sou destemida, mas
tenho a mente sã
E por isso sou conhecida como Iansã
Do meu olhar surge um amor que não é comum
Você pode me chamar de Deusa Oxum
Esse fogo que vem de dentro pra te despertá
Essa sou eu na forma de Egunitá
Sou a mulher ancestral que habita você e que muitas vezes você nem sabe o porquê
Me reverencie agora pois sou Nanã Buroquê
Do meu útero surgiu toda a Criação, e eu estava lá
Muitos me chamam de Rainha Iemanjá
Sou menina mulher de pele preta
Sou a pele preta na mulher menina
De meu ventre sai o sangue
Do meu sague sai a lenda
De que não posso tocar no couro, mas compreenda
É de mim que nasce a erva, a arruda e a alfazema
Laroyê Pombagira
Pombagira é Mojubá
Até quando você vai me ignorá
Laroyê Pombagira
Pombagira é Mojubá
Agora é minha vez de lutá
Laroyê Pombagira
Pombagira é Mojubá
Sou mulher e por ser mulher é aqui que vou ficá
setembro UMBANDA Saravá 52