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E, quando os adultos queriam se divertir, tomavam as bebidas fermentadas, que eram feitas de mel, azeite de dendê ou de vinho de palma.
Hoje olho para trás e entendo muita coisa que, na época, não podia ver. Quando a vó cozinhava com o amor que servia a mesa, todos faziam a refeição em paz, apreciando a comida.
Mas a vó teve períodos de revolta, de não aceitação da sua condição, e aí a comida não ficava boa. Os homens brancos brigavam e ficava aquela energia ruim na mesa de jantar.
Quando a vó ia colher os temperos, a vó se lembrava de quando era criança, aquilo fazia doer o coração da vó, mas também enchia o peito de saudade e de memórias boas.
Meus filhos! Hoje o cativeiro acabou e a vó entende tudo que passou.
Que bom que a vó trouxe essa memória da cozinha, essa atividade tão amorosa que fez com que a vó fosse mais feliz enquanto viveu na Terra.
O planeta é a moradia de vocês agora. Por isso, a vó pede: "Cuidem da natureza, filhos! Com isso ela dará bons frutos a vocês”.
As mulheres negras, escravas que cresceram nas cozinhas, fizeram bastante pelo povo. Dessa forma, tudo que o brasileiro come atualmente passou pelas mãos da mulher negra.
Até hoje, principalmente no estado da Bahia, as culinárias africana e afro-brasileira se fazem presentes. O acarajé, o apará e o arroz e feijão de coco são exemplos disso.
Axé meus irmãos, muito Axé!
ELISANGELA MARQUES - NUTRICIONISTA
Av. Marques de São Vicente, 406 - Sala 212
(11) 99244-5330
@nutrielisangeelamarqueslima
setembro UMBANDA Saravá 26