É de interesse apresentar frases extremamente cotidianas que interferem no respeito com as religiões discutidas. Falar que a religião é “do mal” ou “do diabo” além de ser ofensivo aos seguidores se contradiz com a crença umbandista que não acredita em um diabo, e sim que nós somos responsáveis pelas más atitudes com os outros, fazer piadas desrespeitosas com as imagens da religião, ou seja, a ofensa e o desrespeito vai do olhar até a palavra ou agressão.
Casos de racismo religioso não tem lugar para acontecer, a evidência disso é o acontecimento com um aluno de 12 anos da rede municipal de ensino que foi proibido de assistir às aulas por estar trajado com roupa de candomblé. Devido a iniciação na religião,o garoto teria que usar guias (colares de pedras naturais com significado sagrado para a religião) durante três meses e por cumprir com a sua fé, teve como consequência a proibição dada pela diretora de entrar na escola. Em sua última tentativa de ir a escola, ele colou as guias de baixo da camiseta e mesmo assim foi barrado por não usar um traje adequado, como alegava a diretora.
Esse caso nitidamente foi preconceituoso, e provou que o racismo religioso não possui
idade ou local. O traje era considerado inadequado somente pela presença das guias, já que a roupa não interferia nas normas do colégio.
Voltando à pauta sobre por que racismo religioso e não intolerância religiosa, usar como
base a seguinte manchete do site Fórum, ajudará no entendimento da questão.
“Racismo religioso: mais uma forma do genocídio da população negra no Brasil e do nazifacismo brasileiro
Os ataques e as tentativas de intimidação das práticas sagradas de matriz africana são
formas de apagar a presença negra, majoritária, no Brasil.”