Figura 1 . Estrutura típica de uma ilha barreira , onde os três principais ambientes ( praia-duna-sapal ) e dimensões ( largura da barreira , altura da duna e distância até terra ) estão assinaladas ( a ). Em ( b ) as dimensões dos ambientes são traduzidas para as dimensões principais da resiliência ( latitude , resistência e precariedade ; seus valores críticos estão assinalados como zonas coloridas ), onde se pode observar como formas de barreira distintas ( p . ex ., alta / larga / afastada de terra versus baixa / estreita / próxima à terra ) ocupam regiões distintas no gráfico .
Barra de maré faixa de água entre ilhas barreira que permite a troca de águas e sedimento entre o mar e a lagoa
Barlamar sentido predominante de origem dos sedimentos ( de onde vêm ), ao longo da costa
Para cada conjunto de fotografias aéreas identificámos e cartografámos a transição entre cada um dos ambientes sedimentares ( Praia-Duna-Sapal ), ou seja , traçámos a linha de costa ( delimitando a praia ), as linhas que marcam o início e o fim da duna ( lado oceânico e lagunar , respetivamente ) e a linha do sapal ( do lado lagunar ; Fig . 2b-f ). Como primeiro resultado , constatámos o elevado dinamismo desta região , marcado por alterações morfológicas drásticas que causaram inclusivamente o desaparecimento de todos os ambientes que compõem a estrutura da barreira , aquando da existência de uma barra de maré nessa localização ( 1976 , Fig . 2 ). Para além do impacte de várias tempestades , um dos fatores que contribuiu para estas mudanças foi a estabilização artificial da Barra Tavira , localizada a Oeste da área de estudo , em 1961 . Esta intervenção causou a retenção de areia a barlamar dos molhes e , portanto , a redução da quantidade de areia
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