Katherine Amorim é
mestre em Ecohidrologia
pela Universidade do
Algarve e colaboradora
do CCMAR, com
experiência relevante
em ecologia das fases
sésseis de organismos
gelatinosos.
Ester Dias é doutorada
pela Universidade do
Porto, investigadora
especialista em
ecologia alimentar de
organismos aquáticos e
colaboradora do CCMAR
/ ECOREACH.
predadores mais conhecidos das alforrecas. Porém,
não existem em todas as zonas costeiras do planeta
nem em número suficiente nos locais onde coexistem
com as alforrecas. Quanto às presas, a dieta das
alforrecas baseia-se principalmente em pequenos
crustáceos (menores do que 1 mm) e também em
ovos e larvas de peixe (metazooplâncton). Todavia,
cientistas da Universidade do Algarve descobriram
que a dieta das alforrecas é muito variada, facto que
pode contribuir para a gelificação dos oceanos.
A dieta de uma espécie de alforreca invasora
A espécie Blackfordia virginica (Fig. 1) é uma alforreca
não nativa que invadiu inúmeros estuários por todo o
mundo.
Figura 1. Fotografia de
pequenas alforrecas
Blackfordia virginica que
serviram de modelo no
estudo.
Joana Cruz é assistente
na Universidade do
Algarve, e encontra-se
a realizar doutoramento
em zooplâncton da
costa algarvia, inserida
no grupo Ecoreach do
CCMAR.
Assim, esta espécie foi utilizada como modelo e
sua dieta foi estudada por cientistas da Universidade
do Algarve. Esta espécie foi recolhida no estuário do
Guadiana, onde está estabelecida há vários anos. O
conteúdo gástrico desta alforreca continha crustáceos
e ovos e larvas de peixe como era de esperar (Fig. 2).
Contudo, surpreendentemente, incluía igualmente
organismos unicelulares (protistoplâncton) e detritos
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