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FESTIVAIS DE MÚSICA ESPECIAL VERÃO 3 12 DE JULHO DE 2005 Festivais à margem dos “clássicos” D.R. Para além dos grandes festivais de Verão, há uma oferta muito variada de alternativas um pouco por todo o país, nos mais diversos estilos Não são poucos aqueles que esco- lhem aliar a animação musical à des- coberta de novas paragens. Os carta- zes têm bastante variedade, abarcando diferentes estilos das mais diversas proveniências. Esta é, por vezes, a oportunidade para conhecer intérpretes desconhecidos do grande público. Globalmente mais baratos que os “clássicos”, este tipo de festi- vais está fortemente enraizado a nível local, dispersando a oferta de boa música por todo o país IberRock - festival ibérico de rock De 14 a 17 de Julho, Viseu recebe a 1ª edição do iberRock, festival ibé- rico de rock. O melhor rock da penín- sula divide–se por três locais: palco Viriato, palco do Adro e discoteca The Day After. Na quinta–feira, o palco principal recebe os Dolar Llama, banda lisboe- ta vencedora do concurso de bandas que antecedeu o iberRock. Seguem- –se os Yellow W Van, Blasted Me- chanism e Xutos & Pontapés. Nesta noite, o palco do Adro recebe três grupos: N’músicas, Prós Amigos e Corsários. Sexta–feira, dia 15, sobem ao pal- co Viriato dois grupos espanhóis e dois portugueses. Do país de “nues- tros hermanos” chegam–nos os XXL e ainda Enrique Bunbury, ex–vocalis- ta dos Heroes del Silencio, considera- do pela MTV o melhor artista espa- nhol do ano. Os representantes portugueses são os Clã e os Da Wea- sel. No palco do Adro actuam Os Charruas e Amigos, Danny Silva, João Magalhães e ainda Kátia Guer- reiro. O dia seguinte traz ao palco Viria- to os Mesa, os Fingertips, os O’- funk’illo e ainda os The Gift. No pal- co do Adro, o programa é de revivalismo: Acusticamente, Los Bravos e Sheiks. Ainda no sábado, a discoteca The Day After recebe as ba- tidas de dj Jiggy e dj Jesus del Cam- po. No último dia passam pelo palco Viriato, as restantes bandas do con- curso do iberRock: Puma, Sutzu, I Scream, Umeed e Snail. Os portugue- ses Spitout encerram a 1ª edição do festival. Os ingressos diários para o iber- Rock custam 18 euros. O passe para as quatro noites pode ser adquirido por 40 euros. Paralelamente à músi- ca, o iberRock tem previstas várias iniciativas, como uma exposição de carros famosos, actividades radicais, feira de discos e um torneio de golfe. Tom de Festa/ Festival de Músicas do Mundo De 20 a 23 deste mês, Tondela re- cebe o 15ª Festival de Músicas do Mundo, uma iniciativa da Associação Cultural e Recreativa de To n d e l a (ACERT). O programa abre com a estreia de “Bicicleta de Recados” pe- lo Trigo Limpo teatro ACERT, segui- do de uma espectáculo de dança con- temporânea da CEDECE. A n o i t e termina com música popular brasilei- Ba Cissoko e o seu trio representam a Guiné Conakri no Festival de Músicas do Mundo de Sines ra pela voz e violão de Geraldo Aze- vedo. A segunda noite é dedicada total- mente à música. Para amantes da mú- sica de fusão, os Polvorosa (Chile e Alemanha) vêm mostrar um dos pro- jectos com mais expressão no pano- rama europeu actual. O final da noite é reservado a dois grupos portugue- ses: os Boss AC e os tondelenses New Sketch. No terceiro dia do festival, os Mo- la Dudle (Portugal) viajam à música dos anos 50, através do vídeo e da ex- ploração do pré–cinema. O espectá- culo segue com a actuação de Urban Trad (Bélgica) que vão ao festival mostrar uma nova forma de música de raiz “folk”, absorvida em novos sons contemporâneos. A tradição e a cultura africanas marcam presença no festival com Angelina Akpovo & Yakuwumbu (Benim). Na última noite sobe ao palco um dos maiores acordeonistas de sempre, o francês Richard Galliano. Vindo de Cuba, Kelvis Ochoa mostrará a con- vivência entre a música tradicional e outras influências musicais. Encerra o festival Alex Ikot (Guiné Equato- rial) que pretende vislumbrar a assis- tência com sonoridades africanas ge- nuínas. Como complemento à música, o festival dá lugar às artes plásticas e a outro tipo de animação, subordinado ao tema “Da Palavra às Artes” do No- vo Ciclo ACERT. Assim, o evento proporciona aos visitantes uma mos- tra de projectos solidários, assim co- mo uma feira do livro. Festival de Músicas do Mundo de Sines Sines acolhe a sétima edição do Festival Músicas do Mundo, nos pró- ximos dias 28, 29 e 30, uma opção para aqueles que pretendem gastar pouco dinheiro e assistir a concertos num ambiente descontraído. O maior festival português dedicado à música universal tem lugar no cenário histó- rico do Castelo de Sines, na Capela da Misericórdia e na Avenida da Praia, assim como em Porto Côvo. A edição deste ano recebe 15 con- certos com sons provenientes dos quatro continentes, apresentando, desta forma, o programa mais exten- so e forte de sempre. O festival tem início em Porto Côvo com projecto argentino 34 Puñaladas que explo- ram, de forma contemporânea, o lado mais duro e obscuro do tango dos anos 20, 30 e 40. No Castelo de Sines actua Cristina Branco, pela segunda Palmela é capital do saxofone Decorre até dia 16 de Julho a primeira edição do 1º Festival Internacio- nal de Saxofone de Palmela. O evento teve início ontem e é organizado pelo Conservatório Regional de Palmela. Ao longo dos três dias, os visi- tantes podem assistir, gratuitamente, a concertos em vários locais da ci- dade. Em simultâneo com os concertos, o festival inclui duas master–class, a primeira decorre até 14 de Julho e está a cargo de Mario Marzi, professor do Conservatório “Giuseppe Verdi” em Milão. A segunda formação, sub- ordinada ao tema “O Saxofone no Barroco”, tem lugar hoje e amanhã, es- tando a cargo de Henk Van Twillert, professor da Escola Superior de Mú- sica, Artes e Espectáculo do Porto e do Sweelinck Conservatorium van Amsterdam. Nos dias 15 e 16 de Julho decorre ainda o 1º Concurso Internacional de Saxofone “Vítor Santos”. O festival pretende, assim, divulgar o saxofo- ne na sua vertente clássica, bem como a evolução e motivação da “esco- la de saxofone” no país. vez no festival, acompanhada da Bri- gada Victor Jara e de Segue–me à Ca- pela. Ainda nesse dia marcam presen- ça no castelo Ljiljana Buttler & Mostar Sevdah Reunion (Bósnia- –Herzegovina) e Amadou & Mariam (Mali), enquanto que na Avenida da Praia actua a Mahala Raï Banda (Ro- ménia). O dia 29 é dedicado ao jazz com a actuação da portuguesa Lula Pena. No castelo, o guitarrista Marc Ribot (EUA) apresenta–se no Castelo de Sines com a o trio The Young Phila- delphians para uma jam–session en- tre o free, o funk e o rock com a gran- de contribuição do jazz. No mesmo espaço, sobe ao palco a show–woman Astrid Hadad (México) e Hermeto Pascoal (Brasil), o “mago dos sons”. A Avenida da Praia vai ser invadida por sons africanos de Ba Cissoko e do seu trio (Guiné Conakri). O último dia marca a estreia do ex- tremo Oriente no festival pela mão dos Samurai4 na Avenida da Praia. De Marrocos para o Castelo de Sines chega The Master Musicians of Jakouta, considerado o grupo musical mais antigo do mundo. Também o finlandês Kimmo Pohjonen, acompa- nhado do seu acordeão, se junta à banda King Crimson e ao duo TU (EUA) para abordarem a música de forma original. De igual modo a Ir- landa se faz representar no festival pelos Kila, assim como a República Democrática do Congo com a actua- ção dos Konono, que convertem lixo em percussões e megafones em siste- mas de som. O bilhete diário para os concertos no Castelo de Sines custa cinco euros, enquanto que os restan- tes são de entrada livre. Para além dos concertos, o festival está a decorrer desde o início de Ju- lho com uma programa repleto de ini- ciativas paralelas, subordinadas à te- mática “Músicas do Mundo”, com ciclo de cinema documental, exposi- ções fotográficas, sessões de djing, conversas com os artistas e uma mas- ter–class de saxofone e clarinete. Festival Intercéltico de Sendim A “folk” tem um festival, que acontece em Sendim, nas Terras de Miranda. O 6º Festival Intercéltico de Sendim está marcado para 5, 6 e 7 de Agosto. A música céltica do festi- val de Sendim divide–se por dois palcos principais: o palco Sons da Terra, no Parque das Eiras, e palco Mirai Qu’Alforjas, no Largo da Igre- ja. No palco Sons da Terra a progra- mação para o dia 5 inicia–se com os portugueses Mu. Depois actuam os madrilenos La Bruja Gata e por fim sobe ao palco o galego Xosé Manuel Bodiño. Para sábado, dia 6, o cartaz de ban- das é composto por grupos vindos de Espanha. Da Catalunha chegam os Les Violines, das Astúrias os N’Arba e de Castela Eliseo Parra com os Tac- tequete, originários de Leão. Quanto ao palco Mirai Qu’Alfor- jas, os concertos começam no dia 6, com uma banda da casa: os Fiesta de los Rigaleijos. A seguir tocam os La Bandina’l Tombo, vindos das Astú- rias. Seguem–se, também das Astú- rias, os Ritual Mágico–Céltico, a quem sucedem os Gaiteiros de Moi- menta. Para além destes, um outro espaço receberá a música intercéltica que o festival tem para dar: trata–se da Ta- berna dos Celtas, onde actuam no dia 6 e 7, “madrugada dentro”, os Biba La Gaita! Ui! e ainda os Gaiteiros de Moimenta. Em paralelo com os concertos ocorre no dia 7 às 13h30 na Igreja Paroquial de Sendim uma missa in- tercéltica com o Coro de Canto Gre- goriano de Penafiel. Há também ar- tesanato e produtos da terra para ver no Parque das Eiras, assim como ins- trumentos musicais, livros, discos, li- cor celta e outras poções mágicas. Para quem quiser descobrir mais so- bre Sendim, há rotas turísticas e uma exposição na Casa da Cultura de Sendim.