sair por aí porque sou atriz. E sei que tem uma flexibilidade. Há oito meses isso não acontecia na minha vida. Agora, com a novela no ar, é muito intenso, mas sei que daqui um tempo vou deixar de ser reconhecida de novo. É preciso saber surfar na onda.
MAS NAMORAR O CAIO FAZ O CASAL ESTAR SEMPRE NA CRISTA DESSA ONDA? Brinco que ele é o primeiro famoso que namoro, Tem gente que sabe misturar bem a vida pessoal com os holofotes, mas eu não sou assim. Não gosto de expor meu lado família. Embora curta trabalhar com o Caio, não faço disso uma imagem. E o bom é que ele pensa igual, também é muito discreto.
POR OUTRO LADO, VOCÊ É SUPERMILITANTE NAS REDES. Fico tão feliz quando me falam isso, sabia? Acho sensacional pessoas com voz, como a Bruna [Linzmeyer].
É importante não ficar calado e debater assuntos como a legalização do aborto ou política. A gente vive num país muito louco e retrógrado, com violência, machismo, racismo, então se a gente não usar esses amplificadores para o lado positivo, só vai sobrar o negativo. Eu, inclusive, gostaria de ser muito mais ativa e militante.
QUANDO SE ENTENDEU FEMINISTA? Um dia, aos 14 anos, estava na escola e um amigo perguntou: “Tem Einstein, tem Michelangelo, mas quem foram as mulheres que mudaram o mundo?”. E eu não sabia o que falar. Aí vi que tinha alguma coisa muito errada. Esta geração está numa vibe linda. As mulheres passam por situações que podem acatar ou pesquisar e combater. Eu não acatei. Acho que feminismo é uma questão de sobrevivência.
GLAMOUR 15