Trabalho de WebDesign Glamour Nº79 | Page 16

COMO FOI CRESCER FILHA DE UM CINEASTA E UMA ATRIZ? Por boa parte da minha infância, minha mãe e meu pai fizeram o mesmo trabalho, então eu acompanhava. Foi bom porque desde pequena aprendi que isso é uma profissão. Talvez se meus pais fossem de outro meio, ouviria que não é possível viver disso.

SEMPRE FOI ÓBVIO QUE VOCÊ SEGUIRIA O MESMO CAMINHOS QUE ELES? Não. Tem gente que diz que já nasce com essa certeza, né? Comigo foi uma construção. Sabia que seria alguma coisa nessa área porque gostava de escrever, mas ser atriz sempre foi um plano B. Entre para a faculdade de Cinema e não me identifiquei, e depois me formei em Letras porque ainda tenho uma preocupação de ter outra profissão. A vida de ator é muito à deriva. Mas como sempre amei teatro, segui em frente.

VOCÊ JÁ DISSE QUE JAMAIS FARIA TV SEM TER FEITO TEATRO. POR QUÊ? O teatro é uma escola. São raras as pessoa que aprendem na televisão porque, no geral, é preciso chegar pronto e mostrar serviço. Estamos viajando o Brasil com o Grande Sertão e o processo é completamente diferente da novela. No palco, a gente tem tempo de errar, pesquisar, mudar e esculpir nossa trajetória dia a dia nos ensaios, apresentação após apresentação. É difícil você poder arriscar na televisão, né? Na TV tudo é muito rápido, a gente não aprende como fazer, mas a se virar.

televisão, né? Na TV tudo é muito rápido, a gente não aprende como fazer, mas a se virar.

O QUE A MANU, DE SEGUNDO SOL, TROUXE PARA A SUA VIDA? Já tive algumas personagens fortes, mas esse é o primeiro grande papel que faço em uma novela. É o trabalho que mais me desafia e me torna independente.

Um empurrão! E sabe o que é muito legal? A troca que a gente tem com atores já consagrados. Isso é lindo na nossa profissão. A gente trabalha de igual para igual com pessoas muito mais ou menos experiente. Me sinto privilegiada.

COMO VOCÊ LIDA COM A FAMA? Taí uma parte que me incomoda, viu? Sou discreta e gosto de me misturar, mas aprendi a lidar. Nunca vou deixar de caminhar e

ESCUTE BIA LESSA, DIRETORA DA PEÇA "GRANDE SERTÃO: VEREDAS", QUE FALA SOBRE A OBRA EM ENTREVISTA AO ARTE CLUBE:

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