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Ainda estamos no mês de julho, e o nível do curso d’água do Rio Tocantins, em Tocantinópolis, já chega ser preocupante. A previsão é que o coeficiente baixe ainda mais nos próximos meses. Inúmeras pessoas têm aproveitando a situação, e atravessado a pé até à Praia da Santa.

Barcos encalhados, bancos de areias e pedrais são avistados em toda a extensão que compreende os município de Tocantinópolis/TO e Porto Franco/MA. A balsa da empresa Pipes, teve que mudar o trajeto em mais de 1 km para poder fazer a travessia. Na quarta-feira (19), a vazão defluente da UHE atingiu 814 m³. O registro está próximo ao de setembro de 2016, quando marcava 744m³.

Domingos Dourado, que há mais de 31 anos exerce a profissão de pescador, teme pela situação do rio. “Não sabemos mais onde recorrer. A situação é bastante triste. A cada dia que passa nossas esperanças vão se diminuindo. Os peixes estão acabando e não temos como tirar nosso sustento, já que dependemos do rio para manter nossas famílias”, destacou.

O diretor da Defesa Civil de Tocantinópolis, Emivaldo Aguiar, comenta que depois que a Usina começou a operar, ainda em 2011, os problemas causados pela geração de energia tem significado em constantes oscilações do nível do rio. “O CESTE reconhece que o impacto gerado abaixo da usina eles não tem dimensões. A UFT tem tido uma preocupação muito grande e até mesmo feito discussões com a Prefeitura para que em comum acordo, possamos encontrar soluções e minimizar esses impactos”, disse.

“A Usina utiliza o sistema fio d’água, dessa forma não regulamos a vazão do Rio Tocantins. O volume que entra no reservatório é o mesmo que passa pela hidrelétrica”, diz a nota. Ainda segundo o CESTE, o Rio Tocantins está no seu segundo ano consecutivo com vazões abaixo da média natural histórica e que isso não teria relação com a Usina.

Entenda

Desde setembro do ano passado, o Rio Tocantins, em Tocantinópolis vem sofrendo uma das maiores secas já registradas em sua história. Segundo pescadores, desde que a Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE), foi construída e entrado em funcionamento, o nível do rio tem oscilado. Fatores associados as crescentes degradações das nascentes dos afluentes e os barramentos feitos ao longo do leito, tem ajudado para que o quadro deplorável chegasse a esse quadro. (Fonte: Ascom Prefeitura)

Rio está tão baixo que pessoas atravessam à pé para praia

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23 de julho de 2017