Test Drive Maio2014 | Page 6

Seminário RDP África Artigos AULP “Os pais podem ser a maior barreira para o Ensino em África” São palavras da embaixadora da África do Sul, Keitumetse Matthews, que durante o 8º Seminário RDP África, que decorreu na Universidade Lusófona no passado 1 de abril, alertou para a existência de uma “cultura dos senhores doutores”, em que os pais menosprezam os cursos técnico-profissionais que conferem aos jovens africanos as “skills” necessárias para o desenvolvimento do país. É difícil explicar aos pais que o país precisa de canalizadores, carpinteiros, eletricistas, mecânicos, agricultores. O Professor Joaquim Azevedo, especialista em Ensino Técnico-Profissional, chamou a atenção para o facto de o Ensino Secundário não ter um objetivo por si só, a não ser a entrada no Ensino Superior. A crítica é feita aos governos que fazem com que haja um certo desprezo pelo Ensino Técnico-Profissional, apesar de atualmente 43% dos estudantes portugueses estarem em CET’s. O presidente da RTP, Alberto da Ponte, e o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Campos Ferreira, estiveram igualmente presentes neste Seminário que marcou os 18 anos da RDP África. “África tem um futuro brilhante em investigação” O ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação de Cabo Verde, António Correia e Silva, reforçou o forte investimento de Cabo Verde numa economia competitiva e numa agenda visionária que tem como destaque o forte investimento na Educação. 50 liceus no país, tendo em conta que só existia 2 na entrada do novo milénio. António Correia e Silva deixou claro que o próximo passo é investir na qualidade do Ensino Superior e ter ambição na Ciência. “É necessário investir nos laboratórios e em programas de doutoramento nas áreas estratégicas, como o turismo e a agricultura.” Independentente das dificuldades atuais, o ministro acredita no futuro da investigação em África. “Os jovens estão a descobrir a Ciência e a população e a classe política estão, neste momento, a reconhecer o seu valor.” “A Educação não é o motor do desenvolvimento, mas sim as pessoas” Na sua intervenção, Joaquim Azevedo fez uma crítica às pessoas que chegam a África e trazem a “cabeça cheia de soluções”, apesar de não saberem qual é o problema. Acredita ainda que solucionar os problemas passa pela integração das pessoas na comunidade. O especialista em Ensino Téc