C
telúrico
omo as raízes de uma
árvore centenária, Te-
lúrico possui uma série
de desdobramentos a serem
explorados nessa edição. Re-
lativo à terra ou solo esse
termo vem do latim tellus
que significa terra.
03
Também se refere a uma raia
espectral que é observada
nos astros do ponto de vista
do planeta Terra, a emana-
ção dessa energia se incor-
pora em um caminho perpen-
dicular conforme os tipos de
solo, variando entre metais
e minerais. É nesse aspecto
que escolhemos tangenciar
o catálogo, pois concluímos
que telúrico é energia.
A carta de tarot Le Monde
marca o fim de uma jornada,
a grinalda viva que envolve a
dançarina cria um têmeo sa-
grado. É a culminação do con-
ciente e inconciente, para
formar um todo contínuo e
integrado. Como na música
de Baby Consuelo (Telúrica),
a carta Le Monde separa o Eu
psíquico da reles existência.
Tellus é literal. Não existe
manifestação terreal maior
que a colheita, é dela que
vêm o nosso alimento e a
nossa sobrevivência. Deve-
mos observar a Mãe Terra
porque ela tem a generosida-
de de nos ensinar tudo.
É no Melancolia que encer-
ramos a jornada iniciada no
fim. Já que concluimos que
telúrico é energia e não há
nada mais enérgico que o
amor, nessa quadrologia mos-
tramos “Aquilo” onde os se-
res humanos se igualam. É no
amor que a “selvageria telú-
Nectar dos Deuses. O barro rica” fica incontrolável, ao
ganha vida e um monumen- ponto de não conseguirmos
to horroroso/maravilhoso nos explicar sentimentos antagô-
ensina o “milagre” do nectar. nicos a nossa existência. Ciú-
Em verdade, uma divindade mes, raiva, ódio...
vinda de longe, muito antiga,
inspirada nas tribos do Vale
do Rio Omo.
Jardim Lispectoriano. Nin-
guém melhor que Clarice
Lispector para explicar o
segredo e o mistério das
flores. Basta ler para desco-
brir.
Cosmos não dá para explicar.
Podemos sentir as vibrações
que o cristal emana. Podemos
ver a raia espectral no espaço.
Mas quem quer ver? Saber da
sua existência deveria satisfa-
zer os mais curiosos, já que o
mistério faz parte do encanto.
diga aiíí