Tecnologias 21 - 1º volume | Page 54

CONTRACAPA

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A empresa-norte americana apresenta serviço que previne intoxicações alimentares. O serviço já foi testado e os resultados são significativos

Todos sabemos que a Google tem um impacto considerável nas nossas vidas. Esta empresa norte-americana conhece-nos muito bem graças aos dados pessoais que diariamente colocamos à disposição nos seus vastos serviços online. Recentemente, a Google apresentou uma ferramenta que promete revolucionar as nossas vidas: um serviço que evita uma intoxicação alimentar. Associada à Harvard Global Health Institute, a Google acaba de publicar os resultados de um estudo sobre o modelo de aprendizagem automático que explora os dados de pesquisa e de localização para identificar restaurantes “potencialmente perigosos”.

Denominado Finder (Foodborne IllNess Detector in Real Time), este software analisa as nossas pesquisas online utilizando palavras-chave sugerindo uma doença de origem alimentar, depois procede a uma contextualização com os dados de localização partilhados pelos smartphones das pessoas que aceitaram partilhar as suas informações com a Google. O sistema chega a deduzir quais os restaurantes onde os internautas foram recentemente.

Os autores deste estudo afirmam que este modelo informático mostrou-se mais eficaz para identificar restaurantes “potencialmente perigosos” do que os modelos existentes assentes nas queixas dos consumidores ou inspeções de rotina. Este software foi testado na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, entre novembro de 2016 e março de 2017, conseguiu apurar 71 queixas. Com este serviço foi possível apurar que a taxa de restaurantes tidos como potencialmente perigosos elevou-se a 52,1% em comparação com 39,4% no que diz respeito ao regime tradicional de apresentação de queixas.

Francisco Faria

CC BY 2.0

O jornal ingles Dailymail disponibiliza um vídeo com mais informações sobre o software lançado pela Google