Tabela Periódica dos Transtornos Emocionais tabela periodica dos transtornos emocionais | Page 29

O transtorno depressivo persistente (TDP) é todo episódio depressivo (maior ou menor) que apresenta duração de pelo menos 2 anos e que neste período o indivíduo permaneceu com sintomas quase todo o tempo ou no máximo 2 meses sem sintomas e depois voltou a apresentar depressão novamente. Nas diretrizes diagnósticas anteriores existiam vários tipos de depressões com evolução prolongada (distimia, depressão crônica e depressão dupla) que na última diretriz (DSM- 5) foram consolidadas em uma única categoria (transtorno depressivo persistente) porque os estudos científicos mostraram que em termos de tratamento e evolução estas doenças não se diferenciam. As estatísticas nacionais indicam que 6% da população brasileira apresenta quadros depressivos persistentes no momento. Assim como no transtorno depressivo maior tem início após os 30 anos de idade. Ocorre cerca de 3 a 4 vezes mais frequentemente em mulheres do que em homens devido a fatores hormonais. Os sintomas do TDP são os mesmos do transtorno depressivo maior, mas em menor número e menos intensos. Existem entre os pacientes com TDP 3 tipos de manifestações clínicas: 1) subtipo distímico (antigamente distimia) A distimia ou transtorno distímico compreende um tipo de transtorno depressivo persistente (duração > 2 anos) nos quais os critérios para um episódio depressivo maior nunca foram cumpridos, isto é, o paciente permaneceu neste período todo apenas com episódios depressivos menores ou sintomas depressivos que não foram suficientemente intensos para caracterizar um quadro de depressão completo. Embora por muito tempo tenha se difundido a ideia de que indivíduos distímicos fossem pessoas com sintomas depressivos predominantemente subjetivos como irritabilidade, pessimismo, seriedade, crítica exagerada, incapacidade de relaxar e sentir prazer, rigidez e ceticismo extremos, os estudos mostraram que a sintomatologia predominantemente subjetiva da depressão e a ausência de sintomas físicos (anergia, lentificação, insônia, alteração do apetite e libido) não são critérios confiáveis para definir a presença ou não de distimia e os critérios atuais definem que qualquer quadro depressivo crônico que não tenha sido suficientemente intenso para definir um episódio depressivo maior (independentemente do tipo de sintoma) deve ser classificado como transtorno depressivo persistente subtipo distímico.