Avaliação do índice de conforto térmico em pontos representativos da malha urbana da cidade de Bayeux (PB)
O percentual de uso e cobertura do solo
nas amostras experimentais serve de base
para a compreensão de alterações no campo
térmico urbano de cada ponto experimental
da área de estudo, tendo em vista que os
materiais de recobrimento do solo interferem
nas condições microclimáticas locais.
Comportamento pluviométrico da área de
estudo
A precipitação pluviométrica é a
variável climática mais importante para
a região tropical (MOLION & BERNARDO,
2002). No caso do Nordeste Brasileiro,
estudar o comportamento dessa variável é
indispensável, visto seu comportamento
espaço-temporal ser irregular, o que
interfere
diretamente
nas
atividades
humanas. Tais informações são essencias
para a compreensão do clima das cidades,
visto que o clima local depende da dinâmica
em escala regional e global.
Essa realidade remete à necessidade
de se avaliar a climatologia geral da referida
cidade, com o intuito de compreender o
comportamento climático da área de estudo
e subsidiar políticas públicas locais.
Ao se tratar da porção leste da região
Nordeste do Brasil, na qual está inserido
o município de Bayeux – PB, o clima é
fortemente influenciado pela atuação dos
ventos alísios de sudeste (NIMER et al., 1989).
Outro sistema atmosférico que influencia
as condições do clima da cidade são os
Sistemas Frontais e a Zona de Convergência
Intertropical, o qual é o principal sistema
atmosférico de produção de chuvas sobre o
leste do Nordeste, e que atua principalmente
entre os meses de abril e julho na área de
estudo (MOLION & BERNARDO, 2002).
Observando o comportamento da
variável precipitação ao longo da série
climatológica analisada (Figura 12) verifica-
se que a cidade de Bayeux apresentou uma
média de precipitação diária de 1,9 mm
referente ao ano da pesquisa (2016). O gráfico
indica que o período chuvoso da região que
fica estabelecido de março a julho com média
de 13,8 mm e o período seco corresponde aos
meses de agosto a fevereiro apresentando
uma média de 2,6 mm. A média mensa do
período avaliado indica 5,4 mm como pode
ser observado na (Figura 12).
Figura 12. Comportamento pluviométrico da área de estudo durante o ano referente a pesquisa
2016.
Estes resultados diferem, em parte,
daqueles estabalecidos por Molion &
Bernardo (2002) que definem o período mais
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Série Iniciados v. 23
chuvoso de abril a julho, deixando de fora o
mês de março. Já para Araújo et al. (2009)
o mês de março é extremamente eficiente