Fatores relacionados aos diagnósticos de enfermagem da classe atividade/exercício em idosos hospitalizados
específicos relativos à capacidade física da
pessoa idosa no contexto da hospitalização,
pesquisas voltadas para o alcance dessa meta
constituem estratégias para a realização de
um cuidado de enfermagem individualizado
para essa clientela.
De acordo com as exposições
anteriores, tivemos o intuito de buscar
resposta para os seguintes questionamentos:
Qual a prevalência dos diagnósticos de
enfermagem da classe atividade/exercício
da NANDA-I evidenciados em pessoas idosas
hospitalizadas em unidades clínica? Quais
os fatores relacionados aos diagnósticos de
enfermagem da classe atividade/exercício
da NANDA Internacional envolvidos na
manifestação desses diagnósticos por parte
dos idosos? Qual a associação dos fatores
relacionados a esses diagnósticos que
corroboram para o estado de saúde dessa
população? Para a obtenção de respostas
para essas questões, delimitamos para o
estudo os seguintes objetivos: Identificar
os fatores relacionados dos diagnósticos de
enfermagem da classe atividade/exercício
da NANDA-I evidenciados em pessoas idosas
hospitalizadas em unidades clínica; Averiguar
os fatores relacionados dos diagnósticos de
enfermagem da classe atividade/exercício
da NANDA Internacional em pessoas idosas
hospitalizadas em unidades clínica e verificar
a associação dos fatores relacionados aos
diagnósticos de enfermagem da classe
atividade/exercício com estado de saúde dos
idosos hospitalizados em unidades clínica.
Fundamentação teórica
Face à complexidade de identificação
das
necessidades
humanas
básicas
individuais, especialmente de pessoas
idosas, sobretudo no cenário hospitalar, é
imprescindível o uso de tecnologias e métodos
que possibilitem verificar necessidades de
cuidados individuais para o planejamento e
prestação de serviços de saúde específicos e
sistematizados, visto que, a população idosa
demanda cuidados distintos (PROCHET et
al., 2012). Segundo Prochet et al. (2012),
os
idosos
hospitalizados
apresentam
diversas necessidades de cuidados, tais
quais: sobrecarga emocional ocasionada
pelo processo de adoecimento e internação,
acarretando em distanciamento da família
e do lar; dificuldade de adaptação à rotina
hospitalar; bem como a fragilidade fisiológica
advinda do envelhecimento, percebida pelo
idoso como de maior gravidade.
Viana e Pires (2014) ressaltam que
o enfermeiro tem papel fundamental e
privativo no planejamento da assistência
de enfermagem, o qual deve pautar os
cuidados de enfermagem em conhecimento
científico, subsidiado por instrumentos
metodológicos no intuito de prestar cuidados
de enfermagem sistematizados e de maior
qualidade à população assistida. No campo
da Enfermagem, há um instrumento
tecnológico
denominado
processo
de
enfermagem, o qual permite o julgamento
clínico dos problemas de saúde ou processos
vitais, permitindo ainda, a identificação de
diagnósticos, planejamento de intervenções
e delimitação de resultados de enfermagem,
visando a resolutividade do fenômeno
observado (GARCIA; NÓBREGA, 2009).
Neste contexto pode-se afirmar, que
o processo de enfermagem é um método
científico, elaborado e proposto com intuito
de estabelecer e organizar etapas do processo
de cuidar em enfermagem, o qual deve ser
delineado a partir das necessidades humanas
básicas individualizadas do indivíduo,
família ou comunidade, no intuito de
restabelecer a saúde do mesmo e devolvê-
lo ao meio ambiente. Tal processo engloba
cinco fases: investigação; identificação de
diagnósticos de enfermagem; planejamento
de ações ou intervenções de enfermagem;
implementação
das
intervenções
e;
avaliação dos cuidados quanto ao êxito dos
objetivos traçados (LIMA et al., 2006; SILVA;
GARANHANI; PERES, 2015).
No que concerne a inferência de
diagnósticos de enfermagem, sabe-se que
essa função é privativa do enfermeiro,
segundo estabelece a Lei do Exercício
Profissional da Enfermagem nº 7498/86,
respaldada pelo Conselho Federal de
Série Iniciados v. 23
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