Escala URICA-V: nova perspectiva com base na teoria de resposta ao item
Tabela 5. Cargas fatoriais dos itens da escala URICA–Voz previamente alocados no estágio
manutenção (M)
ITENS
Fator 1 Fator 2 Fator 3
Fator 4
h²
(PC) (C) (A) (M)
6 (M) Fico preocupado em ter um novo
problema de voz, por isto estou procurando
ajuda - - - 0,411**
9 (M) Tenho tido sucesso no meu tratamento
de voz, mas não tenho certeza se consigo
mantê-la boa sem ajuda - - - 0,446** 0,320
16 (M) Não estou conseguindo manter minha
voz “boa” e quero evitar um novo problema. - - - 0,515**
18 (M) Achei que depois de tratar a voz eu me
livraria deste problema, mas algumas vezes
ele ainda me incomoda. - - - 0,597** 0,458
22 (M) Eu preciso de um incentivo para
manter o que consegui mudar na minha voz. - - - 0,368** 0,240
27 (M) Estou me esforçando muito para não
ter uma recaída no meu problema de voz - - - 0,452** 0,609
28 (M) É frustrante, mas eu sinto que minha
voz está piorando de novo. - - - 0,449** 0,346
32 (M) Depois de tudo o que fiz para melhorar
a minha voz, ela às vezes, ainda me preocupa. - - - 0,512**
Valor Próprio
Variância Explicada
Alfa de Cronbach
0,326
0,465
0,411
3,629
11,34%
0,757
Legenda: M - Manutenção; PC – Pré Contemplação; C – Contemplação; A - Ação. Análise Fatorial; Carga fatorial
considerada ≥ 0,300**
A identificação do estágio de
prontidão é determinada pela adesão ao
tratamento e permite ao terapeuta entender
melhor o indivíduo, bem como investigar
quais os fatores de dificuldades e facilidades
que ele apresenta para a sua adesão ao
tratamento.
O
entendimento
dessas
informações auxilia na melhor condução
terapêutica, facilitando para o terapeuta
obter estratégias para ampliar a motivação
do paciente ao tratamento (GAMA et al.,
2014). Esse estágio de prontidão pode estar
relacionado a fatores externos e internos do
indivíduo, tais como: idade, sexo, nível do
problema, duração da terapia e necessidade
de mudanças no cotidiano do paciente de
acordo com o tratamento (BERHMAN et al.,
2008; SILVEIRA e RIBEIRO, 2004).
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Série Iniciados v. 23
Em relação ao sexo, a maioria dos
indivíduos que participaram deste estudo
foi composta de mulheres. Esse dado pode
ser justificado devido a esta população ser
mais predisposta ao desenvolvimento da
disfonia pelos aspectos anatomofisiológicos
presentes no gênero feminino (BEHLAU,
2001). Além disso, outro fator que pode ter
contribuído para isto é a maior frequência
de mulheres à procura dos serviços de saúde
(GOMES et al., 2007; ALMEIDA, 2016).
No que se refere ao grau de instrução,
a maioria dos participantes apresentou nível
superior completo, seguido de nível médio
completo. Espera-se que quanto maior o
nível de escolaridade, maior o conhecimento
dos indivíduos acerca de cuidados e hábitos
saudáveis para a saúde em geral e da voz