Série Iniciados Vol. 23 | Page 160

Escala URICA-V: nova perspectiva com base na teoria de resposta ao item Tabela 5. Cargas fatoriais dos itens da escala URICA–Voz previamente alocados no estágio manutenção (M) ITENS Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 h² (PC) (C) (A) (M) 6 (M) Fico preocupado em ter um novo problema de voz, por isto estou procurando ajuda - - - 0,411** 9 (M) Tenho tido sucesso no meu tratamento de voz, mas não tenho certeza se consigo mantê-la boa sem ajuda - - - 0,446** 0,320 16 (M) Não estou conseguindo manter minha voz “boa” e quero evitar um novo problema. - - - 0,515** 18 (M) Achei que depois de tratar a voz eu me livraria deste problema, mas algumas vezes ele ainda me incomoda. - - - 0,597** 0,458 22 (M) Eu preciso de um incentivo para manter o que consegui mudar na minha voz. - - - 0,368** 0,240 27 (M) Estou me esforçando muito para não ter uma recaída no meu problema de voz - - - 0,452** 0,609 28 (M) É frustrante, mas eu sinto que minha voz está piorando de novo. - - - 0,449** 0,346 32 (M) Depois de tudo o que fiz para melhorar a minha voz, ela às vezes, ainda me preocupa. - - - 0,512** Valor Próprio Variância Explicada Alfa de Cronbach 0,326 0,465 0,411 3,629 11,34% 0,757 Legenda: M - Manutenção; PC – Pré Contemplação; C – Contemplação; A - Ação. Análise Fatorial; Carga fatorial considerada ≥ 0,300** A identificação do estágio de prontidão é determinada pela adesão ao tratamento e permite ao terapeuta entender melhor o indivíduo, bem como investigar quais os fatores de dificuldades e facilidades que ele apresenta para a sua adesão ao tratamento. O entendimento dessas informações auxilia na melhor condução terapêutica, facilitando para o terapeuta obter estratégias para ampliar a motivação do paciente ao tratamento (GAMA et al., 2014). Esse estágio de prontidão pode estar relacionado a fatores externos e internos do indivíduo, tais como: idade, sexo, nível do problema, duração da terapia e necessidade de mudanças no cotidiano do paciente de acordo com o tratamento (BERHMAN et al., 2008; SILVEIRA e RIBEIRO, 2004). 160 Série Iniciados v. 23 Em relação ao sexo, a maioria dos indivíduos que participaram deste estudo foi composta de mulheres. Esse dado pode ser justificado devido a esta população ser mais predisposta ao desenvolvimento da disfonia pelos aspectos anatomofisiológicos presentes no gênero feminino (BEHLAU, 2001). Além disso, outro fator que pode ter contribuído para isto é a maior frequência de mulheres à procura dos serviços de saúde (GOMES et al., 2007; ALMEIDA, 2016). No que se refere ao grau de instrução, a maioria dos participantes apresentou nível superior completo, seguido de nível médio completo. Espera-se que quanto maior o nível de escolaridade, maior o conhecimento dos indivíduos acerca de cuidados e hábitos saudáveis para a saúde em geral e da voz