Distribuição espacial e temporal das síndromes de dispersão em inselbergue na caatinga paraibana
As espécies de hábito arbustivo foram
dominantes com 46% das espécies, seguida
dos hábitos arbóreo e herbáceo com 20%
cada, e trepadeira com 14% das espécies.
Na distribuição das síndromes por hábito
observa-se que a zoocoria foi dominante no
hábito arbustivo e arbóreo, autocoria para
herbáceas e anemocoria para trepadeiras
(Figura 3). Tais resultados são semelhantes
ao encontrado por Gomes e Quirino (2016)
em área de na Caatinga.
Figura 3. Distribuição das síndromes por hábito durante o período de estudo na serra do
Jatobá, Serra Branca-PB.
Distribuição espacial
A distribuição das síndromes de
dispersão ao longo do gradiente altitudinal
na Serra do Jatobá foi com anemoc oria
como a síndrome predominante na baixa
vertente, autocoria na média vertente e
zoocoria no topo, como mostra a Figura
4. Resultado semelhente foi apontado por
Yamamoto et al. (2007) em área de Floresta
Estacional Semidecídua Montana, apotaram
a preferencia de espécies anemocóricas e
autocóricas por ambientes mais abertos.
Não houve diferença significativa
entre as proporções das síndromes ao longo
do gradiente altitudinal (x²= 1,01 p<0,05).
Entretanto, observa-se a tendência a não
sobreposição das síndromes ao longo do
gradiente, decorrentes possivelmente pelo
estabelecimento das espécies nas condições
de variação de altitude e do substrato, uma
vez que a distribuição da comunidade vegetal
em afloramentos rochosos sofre influência
das variações edáficas (POREMBSKI, 2007).
Figura 4. Distribuição das síndromes de dispersão na escala espacial da Serra do Jatobá. A
área hachurada representa a variação altitudinal do transecto.
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Série Iniciados v. 23