Série Iniciados Vol. 23 | Page 144

Distribuição espacial e temporal das síndromes de dispersão em inselbergue na caatinga paraibana As espécies de hábito arbustivo foram dominantes com 46% das espécies, seguida dos hábitos arbóreo e herbáceo com 20% cada, e trepadeira com 14% das espécies. Na distribuição das síndromes por hábito observa-se que a zoocoria foi dominante no hábito arbustivo e arbóreo, autocoria para herbáceas e anemocoria para trepadeiras (Figura 3). Tais resultados são semelhantes ao encontrado por Gomes e Quirino (2016) em área de na Caatinga. Figura 3. Distribuição das síndromes por hábito durante o período de estudo na serra do Jatobá, Serra Branca-PB. Distribuição espacial A distribuição das síndromes de dispersão ao longo do gradiente altitudinal na Serra do Jatobá foi com anemoc oria como a síndrome predominante na baixa vertente, autocoria na média vertente e zoocoria no topo, como mostra a Figura 4. Resultado semelhente foi apontado por Yamamoto et al. (2007) em área de Floresta Estacional Semidecídua Montana, apotaram a preferencia de espécies anemocóricas e autocóricas por ambientes mais abertos. Não houve diferença significativa entre as proporções das síndromes ao longo do gradiente altitudinal (x²= 1,01 p<0,05). Entretanto, observa-se a tendência a não sobreposição das síndromes ao longo do gradiente, decorrentes possivelmente pelo estabelecimento das espécies nas condições de variação de altitude e do substrato, uma vez que a distribuição da comunidade vegetal em afloramentos rochosos sofre influência das variações edáficas (POREMBSKI, 2007). Figura 4. Distribuição das síndromes de dispersão na escala espacial da Serra do Jatobá. A área hachurada representa a variação altitudinal do transecto. 144 Série Iniciados v. 23