Série Iniciados Vol. 23 | Page 142

Distribuição espacial e temporal das síndromes de dispersão em inselbergue na caatinga paraibana Figura 2. Perfil de elevação do trasecto utilizado para coleta de dados. Foi usado o teste de Spearman para verificar a exitência de correlação entre a frutificação da comunidade e as precipitações do mesmo mês (Precip. 0), do mês anterior (Precip. 1) e de dois meses anteriores (Precip. 2). O mesmo teste foi utilizado para frutificação dos diferentes grupos (anemocoria, autocoria e zoocoria). Estes testes estatísticos foram realizados no software Biostat 5.3. As análises estatísticas circulares e o histograma circular foram elaborados no software Oriana 4.0, para verificar a sazonalidade da frutificação e das síndromes de dispersão das espécies. Para essa análise, as datas das observações foram transformadas em ângulos, onde 1º de janeiro equivale a 0° e 31 de dezembro equivale a 360°. O valor obtido é representado pelo vetor (r) que pode variar de 0 até 1, indicando se há ou não sazonalidade do evento fenológico (ver MORELLATO et al., 2010). Conclusões No presente estudo foram contabilizadas 29 espécies frutificando, distribuídas em 16 famílias (Tabela 1), sendo um total de 151 indivíduos. Foi registrada frutificação ao longo de todos os meses de coleta e o pico ocorreu no mês de junho, com um total de 21 espécies em frutificação. A classificação das síndromes de dispersão aferiu 39% das espécies como zoocóricas (N= 12), 37% autocóricas (N= 10) e 24% 142 Série Iniciados v. 23 anemocóricas (N= 7). Quanto ao número de indivíduos, 40% foram classificados como autocóricos (N= 61), 31% zoocóricos (N= 47) e 28% anemocóricos (N= 43), sendo a Encholirium espectabile, classificada como anemocórica, a espécie mais abundante. Os resultados obtidos a partir do teste Qui- quadrado apontam que não houve diferença significativa das proporções das síndromes entre o número de espécies e o número de indivíduos contabilizados (x² = 0,381 p<0,05).