Distribuição espacial e temporal das síndromes de dispersão em inselbergue na caatinga paraibana
Figura 2. Perfil de elevação do trasecto utilizado para coleta de dados.
Foi usado o teste de Spearman
para verificar a exitência de correlação
entre a frutificação da comunidade e as
precipitações do mesmo mês (Precip. 0),
do mês anterior (Precip. 1) e de dois meses
anteriores (Precip. 2). O mesmo teste foi
utilizado para frutificação dos diferentes
grupos (anemocoria, autocoria e zoocoria).
Estes testes estatísticos foram realizados no
software Biostat 5.3.
As análises estatísticas circulares
e o histograma circular foram elaborados
no software Oriana 4.0, para verificar a
sazonalidade da frutificação e das síndromes
de dispersão das espécies. Para essa análise, as
datas das observações foram transformadas
em ângulos, onde 1º de janeiro equivale a
0° e 31 de dezembro equivale a 360°. O valor
obtido é representado pelo vetor (r) que
pode variar de 0 até 1, indicando se há ou
não sazonalidade do evento fenológico (ver
MORELLATO et al., 2010).
Conclusões
No
presente
estudo
foram
contabilizadas 29 espécies frutificando,
distribuídas em 16 famílias (Tabela 1), sendo
um total de 151 indivíduos. Foi registrada
frutificação ao longo de todos os meses de
coleta e o pico ocorreu no mês de junho,
com um total de 21 espécies em frutificação.
A classificação das síndromes de dispersão
aferiu 39% das espécies como zoocóricas
(N= 12), 37% autocóricas (N= 10) e 24%
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Série Iniciados v. 23
anemocóricas (N= 7). Quanto ao número de
indivíduos, 40% foram classificados como
autocóricos (N= 61), 31% zoocóricos (N=
47) e 28% anemocóricos (N= 43), sendo a
Encholirium espectabile, classificada como
anemocórica, a espécie mais abundante.
Os resultados obtidos a partir do teste Qui-
quadrado apontam que não houve diferença
significativa das proporções das síndromes
entre o número de espécies e o número
de indivíduos contabilizados (x² = 0,381
p<0,05).