SupportWorld Brasil Edição 25 | Page 27

Essa abordagem não irá expor as fragilidades atuais da TI?

Definitivamente a resposta é sim, e o CIO precisa estar preparado para isso. Porém reconhecer as fragilidades e elaborar planos para enfrenta-las é com certeza a melhor opção de um gestor. Pois, só assim ele terá possibilidade de investimentos para corrigir essas fragilidades e demonstrar o valor que essa melhoria trouxe para a organização. O medo de expor as fragilidades muitas vezes leva o gestor a adotar a estratégia Inside-out, acreditando que quando terminar de melhorar a gestão interna estará pronto para se expor em uma abordagem Outside-in. Porém, normalmente, esse momento nunca chega e a TI continuará sempre sendo reconhecida como uma caixa preta.

#2 Criar uma coalizão

Outro importante passo do método de Kotter é necessidade de formar um time de implementação da mudança com pessoas chaves, e que possam influenciar os demais colaboradores afetados.

Em uma abordagem Inside-out a iniciativa fica bastante suscetível à capacidade de liderança interna e a aceitabilidade deles em relação a mudança. Já na condução Outside-in a liderança externa (normalmente da alta gestão ou governança) cria a influência positiva nos líderes internos.

#2 e #3 Desenvolver uma visão da mudança e Comunicar a visão

Nestes dois passos o ponto chave é garantir que os patrocinadores da mudança compartilhem a mesma visão do time de implementação e que sejam multiplicadores para todas as demais áreas da organização.

Mais uma vez a abordagem Outside-in possui vantagens, pois ter na alta gestão, ou em uma camada de governança, multiplicadores da visão de mudança provocada pela iniciativa de melhoria garante a sua sustentabilidade a longo prazo.

#4 Atribuir poder para as pessoas agirem

Esse passo é fundamental para garantir que os agentes da mudança possuam a legitimidade e detenham os recursos necessários para efetuarem as mudanças. Mais uma vez a abordagem do COBIT tem uma vantagem nesse quesito, pois uma camada de governança patrocinando a iniciativa de melhoria com certeza garante a priorização dos recursos necessários, assim como a atribuição de poder para o time de implementação.

Em resumo, na prática as abordagens ITIL e COBIT são complementares. E apesar de ambas serem necessárias para uma implementação de melhorias, a experiência demonstra que realizar uma boa gestão do processo de mudança organizacional é o aspecto fundamental para garantir o sucesso da iniciativa. Nesse ponto o COBIT tem uma vantagem competitiva em relação ao ITIL para ser escolhido como framework inicial.

Uma característica interessante do COBIT é que ele foi concebido a partir dos principais frameworks de mercado (ITIL, PMBOK, CMMI, TOGAF, etc.) construindo uma única base de conhecimento a partir de uma abordagem única e integrada. Logo, ao utilizar o COBIT você está utilizando o ITIL também, e sempre que necessário o COBIT lhe direciona como buscar o detalhe no ITIL para implementação das práticas.

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JAN | FEV | MAR 2016 SUPPORTWORLD BRASIL