Social Meeting Scientific Journal eSocial Brasil | Page 95

ISBN 978-65-991619-0-2 1. Introdução Está aumentando gradativamente o número de mulheres em situação carcerária no Brasil. Segundo o Ministério da Justiça, chegou a 42% entre os anos de 2007 e 2012 este aumento. Em cinco anos houve um acréscimo de mais de 10.000 (dez mil) mulheres no sistema prisional brasileiro Violações aos direitos das mulheres encarceradas e de seus filhos, têm ganhado espaço no crescimento do número de detentas do sistema prisional feminino. Ainda que os números de homens encarcerados sejam maiores, o número de mulheres tem crescido consideravelmente. Entretanto, mesmo com essa feminização dos presídios, os espaços e as políticas adotadas desconsideram as particularidades femininas. Inviabilizando, a proteção e garantia de seus direitos e de seus filhos. Essa situação revela a fragilidade brasileira quanto às políticas criminais e sociais, que concernem à redução de desigualdades e à garantia de cidadania dessas mulheres, não tem favorecido sua reinserção social nem mesmo sua ressocialização. Essa situação de encarceramento não favorece a preservação da saúde de mulheres e crianças, causando um verdadeiro processo de exclusão e discriminação com repercussões negativas, a médio e longo prazo, à essas mulheres e até mesmo aos seus filhos. Neste contexto, este estudo tem como objetivo problematizar a constituição de maternidade nas Penitenciária Femininas, e o acesso dessas mulheres a esse direito. A grande maioria das instituições prisionais, não está preparada para atender às necessidades femininas. Quanto à maternidade no cárcere, alguns estudos apontam limitadamente o direito ao aleitamento materno, sem Social Meeting Scientific Journal, São Paulo, Brasil, v. I, n. 1, ano 1 junho de 2020 (edição especial de lançamento) 95