Social Meeting Scientific Journal eSocial Brasil | Page 50

ISBN 978-65-991619-0-2 1. Introdução O trabalho de pesquisa aqui apresentado nos faz refletir, sobre a situação das famílias afetadas socioeconomicamente e que acabam, fazendo uso do trabalho da criança e do adolescente como meio de complementação de renda, prática essa considerada ilegal conforme a Constituição Federal em seu artigo 7, inciso XXXIII, e ratificado pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). O trabalho infantil está presente em todo o território nacional, porém, será abordado como foco a cidade de Santos, a realidade que aqui se apresenta, as formas de trabalho manifestadas na região, as medidas de prevenção e de combate à prática e o trabalho do assistente social, perante essa expressão da questão social. Conforme uma pesquisa feita com base nos dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), o Brasil possui cerca de 2,7 milhões de crianças e adolescentes com faixa etária entre 10 e 17 anos que estão em situação de trabalho infantil, abrangendo desde atividades agrícolas até a prostituição, causando diversas consequências na vida desses jovens e podendo ter impactos comprometedores na sua formação social adulta. Crianças com seu direito de infância violados, se tornam altamente vulneráveis ao trabalho em ambientes que colocam sua vida, saúde e integridade em risco, em troca de dinheiro para o seu sustento e, muitas vezes, para complementar a renda familiar. Essas crianças e adolescentes acabam por carregar um fardo que não é seu, prejudicando seu rendimento escolar e, consequentemente, seu futuro. Social Meeting Scientific Journal, São Paulo, Brasil, v. I, n. 1, ano 1 junho de 2020 (edição especial de lançamento) 50