Social Meeting Scientific Journal eSocial Brasil | Page 142

ISBN 978-65-991619-0-2 10 anos, houve apenas uma pequena queda insignificante nos casos de feminicídio. A violência não se traduz apenas em seus aspectos materiais, relativos à pior condição de trabalho das mulheres, nem aos aspectos de agressão física, tratados na Lei Maria da Penha. Na verdade, a mesma acontece em múltiplas facetas na história das mulheres como um todo dentro da sociedade. [...] aliando se a essas questões, acrescentam-se as problemáticas que particularizam as mulheres numa sociedade permeada pela cultura machista e sexista, cujas expressões se materializam a partir do controle da sua sexualidade, da exploração do erotismo, da mercantilização da violência perpetrada contra esse segmento, cujos números no Brasil são bastante preocupantes, apesar da aprovação da Lei Maria Pena”. (QUEIROZ e DINIZ, 2014, p.95). Portanto, vemos que mesmo o machismo se sustentando com autoridade, as mulheres continuam em luta pelo poder sobre o seu corpo, sua fala, seu espaço na sociedade e pelas igualdades de direitos que lhe são retiradas. Esta luta ocorre dentro de uma conjuntura de uma sociedade de dominação patriarcal, sob pena de violências físicas, morais, psicológicas, que desvaloriza a mulher inferiorizando-a e materializando-as. Apesar de todas as barreiras e dificuldades de discriminação e preconceito que as mulheres encontram na sociedade, vemos um avanço na luta pelos seus direitos e pela conquista da igualdade de Social Meeting Scientific Journal, São Paulo, Brasil, v. I, n. 1, ano 1 junho de 2020 (edição especial de lançamento) 142