Social Meeting Scientific Journal eSocial Brasil | Seite 137
ISBN 978-65-991619-0-2
1. Introdução
Este artigo foi construído a partir do diálogo com a Lei
Maria da Penha (11.340/06), e de alguns autores do serviço
social como Marlise Vinagre Silva, que trabalha o tema da
violência doméstica contra a mulher em suas obras. Para
compreendermos o contexto histórico da questão social, foi
realizada uma pesquisa com a produção teórica dos autores
do serviço social, como Marilda Villela Iamamoto e Raul de
Carvalho, e assim entender a violência doméstica contra a
mulher, como sendo uma faceta da expressão da questão
social.
Na elaboração da pesquisa, buscou-se compreender
como é composta a rede de proteção e apoio as mulheres
vítimas da violência doméstica e apresentar as políticas
públicas direcionadas as mesmas.
Estabelecendo também um diálogo com Mirla Cisne e
Silvana Mara Morais dos Santos, que aborda em sua obra
“O Feminismo, a Diversidade Sexual e o Serviço Social” a
temática da violência doméstica contra a mulher e outras
questões pertinentes a intervenção profissional.
No surgimento da profissão até a contemporaneidade,
em sua maioria a categoria profissional dos assistentes
sociais é composta pelo sexo feminino. Essa predominância
feminina não é algo natural ou espontâneo, é uma
característica imposta pela sociedade, historicamente
patriarcal que vincula a mulher ao papel de “cuidado” que
também foi submetido ao serviço social em sua gênese.
A ruptura dessa concepção da categoria profissional
composta apenas por mulheres, exigiu uma conscientização
e quebra da ideia do serviço social vinculado à caridade,
benemerência e ao assistencialismo. Após o movimento de
reconceituação, o serviço social estabelece um novo projeto
Social Meeting Scientific Journal, São Paulo, Brasil, v. I, n. 1, ano 1 junho de 2020 (edição especial de lançamento)
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