A delegação da França se dispôs, no segundo dia de debates do Conselho Europeu, a acolher 25.000 refugiados em solo francês, além dos 2.100 imigrantes libaneses que desembarcaram na Itália no último sábado (20). Também foi proposto um trabalho conjunto com organizações não-governamentais a fim de promover maior conscientização sobre o tema da xenofobia.
A França já foi um dos maiores impérios coloniais do mundo, concentrando seus domínios especialmente na África, mas com colônias também na Ásia e América. A herança colonial pode ser percebida nas diversas etnias que compõem a sociedade francesa, assim como na seleção campeã da Copa do Mundo de futebol, formada majoritariamente por descendentes de imigrantes.
Ao serem questionadas sobre o assunto na coletiva de imprensa ocorrida no último sábado, as delegadas da França reconheceram o passado colonialista e citaram os princípios da Revolução Francesa de liberdade, igualdade e fraternidade como guias para a conduta da nação.
Além disso, definiram o país como uma “luz” na Europa para guiar os outras nações para o mesmo caminho de aceitação de refugiados. Essa seria a missão da França, que também é palco da ascensão de grupos de extrema-direita que apresentam características racistas, xenófobas e islamofóbicas.
Mesmo a postura receptiva não sendo um consenso, com Croácia e Hungria mantendo forte posicionamento contra a permanência de mais refugiados em seus territórios, condutas mais acolhedoras começam a permear as discussões do Conselho Europeu.
Apesar das declarações polêmicas na última sexta-feira (19), a delegação da Polônia decidiu aceitar mais 132 refugiados, enquanto países como Portugal, Alemanha, Holanda, Espanha e Bélgica aceitaram receber os refugiados libaneses presos na Itália.
Países europeus propõem soluções para os refugiados
França se dispõe a aceitar mais de 27 mil refugiados; Croácia e Húngria se isentam da responsabilidade
Por Patrick Alcantara
,igualdade e fraternidade como guias para a conduta da nação.
Além disso, definiram o país como uma “luz” na Europa para guiar outras nações para o caminho de aceitação de refugiados. A França também é palco da ascensão de grupos de extrema-direita, com características racistas, xenófobas e islamofóbicas.
Mesmo a postura receptiva não sendo um consenso, com Croácia e Hungria mantendo forte posicionamento contra a permanência de mais refugiados em seus territórios, condutas mais acolhedoras começam a permear as discussões do Conselho Europeu.
Apesar das declarações polêmicas na última sexta-feira (19), a delegação da Polônia decidiu aceitar mais 132 refugiados, enquanto países como Portugal, Alemanha, Holanda, Espanha e Bélgica aceitaram receber os refugiados libaneses presos na Itália.