sofriam constantemente de doenças oftalmológicas - tenha sido um lugar onde a deficiência era aceita de forma positiva . Pesquisas nas pinturas egípcias , papiros ( escritas ) e nas próprias múmias
revelaram essa inclusão nas diferentes classes sociais do Egito . Análises dos restos mortais de alguns faraós comprovaram a presença de distrofias e limitações físicas como , por exemplo , no caso dos faraós Siptah e Tutankhamon ( Tutancamôn ).
Ilustração : Ptakmooefd / GrátisPNG
Idade Média e início da Idade Moderna
Período que durou do século V ao século XV , no qual predominaram histórias de visões místicas e misteriosas sobre a população com deficiência . Acreditava-se que as suas limitações eram um sinal da ira divina , como um “ castigo de Deus ”. A própria Igreja tinha uma conduta de perseguição a essas pessoas . Depois , ela passou a condenar tais atos , porém sem deixar de lado a discriminação .
O final do século XVIII e início do século XIX foram marcados por uma mudança mais humanista . Essa fase caracteriza-se pela criação de instituições especializadas para atender as pessoas com deficiência . No Brasil , No Segundo Império , foi criado em 1854 pelo jovem José Álvares de Azevedo ( cego de nascença ), o Imperial Instituto dos Meninos Cegos ( hoje denominado Instituto Benjamim Constant ). Em 1857 , o professor francês Eduard Huet ( surdo congênito ) chegou ao Brasil e fundou o atual Instituto Nacional de Educação dos Surdos ( INES ).
Apesar de haver mudanças significativas , vale relembrar que cada país e sociedade enxergavam os deficientes de diferentes maneiras . No período das guerras do século XX , essas pessoas foram submetidas a experimentos desumanos no período nazista ou mortas em campos de concentração . Já nos Estados Unidos e Grã-Bretanha , aqueles que lutaram em guerras e que viessem a ter limitações físicas recebiam assistência de programas criados pelo governo .
Atualidade
Nessa análise histórica , percebemos as diferentes visões da sociedade acerca dos deficientes e de como ela foi evoluindo gradativamente em relação aos direitos destas pessoas .
Em 1994 , na cidade espanhola de Salamaca , foi realizada a Conferência Mundial sobre as Necessidades Educacionais Especiais , que tratou de políticas e práticas inclusivas na área educacional para essas pessoas . Em 2006 , a Organização das Nações Unidas ( ONU ) estabelece a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência , com o objetivo de “ proteger e garantir o total e igual acesso a todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência , e promover o respeito à sua dignidade ". A íntegra da covenção pode ser acessada no endereço eletrônico ( site ) da ONU .
Nas instituições de ensino , o ato de incluir ganha o nome de inclusão escolar . Essa prática tem focado nas crianças e nos adolescentes com necessidades educacionais especiais ( NEE ) que apresentam algum tipo de deficiência , seja psicológica ou física , para terem as mesmas experiências de aprendizagem que os demais alunos . A ideia dessa inclusão é de que todas as pessoas têm o direito de acesso à educação , e de modo igual .
Historicamente , os alunos com deficiência eram atendidos em instituição segregada , denominada escola especial . Depois , foram inseridos em escolas comuns , porém em salas destinadas apenas à pessoa com deficiência , chamadas de salas especiais . Como resultado , este aluno era excluído do ambiente de aprendi-
Setembro 2019
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