Semana da Arte Moderna I | Page 5

A arte

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Durante as décadas de 1930 e 40, enquanto grande parte do mundo ainda estava em um estado de fluxo sobre o que exatamente constituía a arte "moderna", a sociedade brasileira rapidamente a abraçou. Artistas ou obras ainda podiam gerar controvérsia e hostilidade, mas a idéia de arte moderna permaneceu atraente e novos museus foram logo discutidos para São Paulo e Rio de Janeiro. Para aqueles que olham do lado de fora - jornalistas, políticos estrangeiros e visitantes do exterior - o Brasil estava liderando o caminho a seguir, e este novo estilo de arte e expressão artística estava lentamente se infiltrando na identidade cultural do país.

Em 1951, o Brasil deu outro passo artístico: a criação da primeira bienal de arte a ser realizada fora de Veneza. Foi fundada pelo industrial brasileiro-italiano Ciccillo Matarazzo e realizada em São Paulo. No ano seguinte, foi realizada uma exposição seminal, intitulada Ruptura, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. A exposição e seu manifesto marcaram uma ruptura com o passado e um novo estilo: "Arte Concreta", em que o orgânico e o geométrico iriam sentar lado a lado. A palavra "concreto" foi usada para enfatizar que a arte foi conduzida por conceitos, não extraídos do abstrato. Na década de 1950, a arte abstrata e geométrica era a arte do momento.

Os artistas em ambas as cidades fizeram a sua própria interpretação do manifesto da Ruptura: um manifesto que declarava que a arte figurativa estava exausta e que já não tinha qualquer significado no mundo moderno. Os artistas queriam trabalhar com seus instintos e sentimentos primitivos, em vez de simplesmente tentar reproduzir o que viram na frente deles. Abandonar arte figurativa pode ser considerado comum hoje, mas na época isso foi inovador e extremamente provocativo. Viajando via Abstração e as amplas influências do cubismo, foi um passo fácil para o minimalismo despojado da arte geométrica.