SD - SINOPSE DE LIVRO SEQUENCIA DIDÁTICA | Page 2

APRESENTAÇÃO AO PROFESSOR

1 Os anos colocados entre parênteses se referem às edições consultadas.

USO RESTRITO. VENDA E DISTRIBUIÇÃO PROIBIDAS

Caro(a) Professor(a),

Essa sequência didática foi desenvolvida por nós, alunos da graduação, como trabalho final da disciplina LA712: Análise Linguística no Ensino de Língua Portuguesa, ministrada pela professora Márcia Mendonça na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), tentando abarcar as diversas visões propostas ao longo da disciplina frente ao ensino de língua materna e ao contexto escolar como um todo. A produção da Sequência Didática se embasa nas ideias de Dolz e Schneuwly (2004), que a definem como a sistematização de atividades escolares, que possuem como ponto de referência um gênero oral ou escrito. De acordo com os autores, a estrutura de uma Sequência Didática visa à emancipação do aluno, ou seja, à dominação desse gênero e de todas as situações que o envolvem.

Pensando nisso, e tendo em vista o fracasso escolar no ensino da língua portuguesa, como proposto por Geraldi (2011)1, sem culpar apenas professores ou alunos, mas também levando em conta o sistema escolar opressor em que estão inseridos, percebendo os descasos governamentais com as escolas, baixos salários aos funcionários, verbas desviadas, entre outros, é preciso que haja uma política mais eficiente que se aproxime da escola para dar as mínimas condições com o intuito de que ela consiga sustentar as demandas que chegam de todos os lados: pais, os próprios alunos e funcionários, vestibulares, concursos públicos etc. Para isso, pensamos ser necessária uma posição política de para que ensinar e por que aprender (GERALDI, 2011). Assim sendo, conseguiríamos melhorar as articulações frente ao ensino, compreendendo e interpretando melhor a realidade na qual os alunos e professores se inserem.

Dessa maneira, portanto, cremos ser fundamental uma abordagem que englobe um letramento ideológico (STREET, 2014) e crítico (TERZI & PONTE, 2008), numa “educação como prática da liberdade” (HOOKS, 2013), que leve em conta as práticas sociais de leitura e escrita articuladas ao ensino escolar, de forma que o aluno não só se insira socialmente, mas que esteja apto a revolucionar, questionar e transgredir na medida em que os conteúdos já fizerem parte de si con-